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ConflitosSíria

Israel diz ter atacado depósitos de armas químicas na Síria

9 de dezembro de 2024

Governo israelense afirma que objetivo é impedir que armas caiam nas mãos de extremistas. Ataques se intensificaram após a queda do regime sírio, diz observador.

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O premiê Benjamin Netanyahu e membros do governo observam a fronteira de Israel com a Síria
O premiê Benjamin Netanyahu e membros do governo observam a fronteira de Israel com a Síria Foto: Kobi Gideon/Israel Gpo via ZUMA Press Wire/picture alliance

O ministro do Exterior de Israel, Gideon Saar, disse nesta segunda-feira (09/12) que seu país havia atacado locais suspeitos de armazenarem armas químicas e mísseis de longo alcance na Síria, onde forças rebeldes derrubaram o regime do ditadorBashar al-Assad no domingo.

Saar disse que o objetivo dos ataques é impedir que as armas caiam nas mãos de extremistas e que o único interesse do governo israelense é a segurança de seus cidadãos.

A imprensa israelense havia informado na sexta-feira que os militares haviam atacado um depósito de armas químicas na Síria.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma ONG com sede em Londres, divulgou nesta segunda-feira que, depois da queda do regime sírio, os militares israelenses realizaram ataques aéreos intensos, destruindo deliberadamente depósitos de armas e munições em vários locais na costa e no sul da Síria.

Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, Israel realizou centenas de ataques no país, visando principalmente o Exército e grupos apoiados pelo Irã, como o libanês Hezbollah.

Israel raramente comenta sobre ataques individuais na Síria, mas tem dito repetidamente que não permitirá que o Irã expanda sua presença no país.

A Síria aceitou renunciar ao seu arsenal de armas químicas em 2013, depois de o regime de Assad ter sido acusado de lançar um ataque perto de Damasco que matou centenas de pessoas. Mas acredita-se que o regime tenha guardado algumas das armas, e foi acusado de as voltar a usar nos anos seguintes.

as (AP, AFP, Lusa)