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Homem mata quatro e se suicida na Catedral de Campinas

11 de dezembro de 2018

Atirador abre fogo contra fiéis que acompanhavam missa da tarde na catedral da cidade paulista. Além dos mortos, há quatro feridos.

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Bombeiros na entrada da Catedral Metropolitana de Campinas logo após o ataqueFoto: picture-alliance/D. Cesare

Um homem abriu fogo dentro da Catedral Metropolitana de Campinas, matou quatro pessoas e depois se suicidou no início da tarde desta terça-feira (11/12). Um delegado afirmou que todos os mortos são homens.

Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas para hospitais da cidade paulista, disseram autoridades locais. Segundo o site G1, os feridos são duas mulheres, de 68 e 65 anos, e dois homens, de 84 e 64 anos. O homem de 84 anos está em estado grave e passará por cirurgia.

O delegado Hamilton Caviola disse que o atirador entrou armado na igreja e sentou num banco. Depois de um certo tempo, ele se levantou e começou a atirar contra os fiéis. Depois, recarregou a arma e foi para um outro local da igreja, quando voltou a disparar. Autoridades disseram que os disparos começaram logo ao fim da missa.

Segundo as autoridades, o atirador se matou diante do altar. Segundo Caviola, um policial alvejara o atirador antes de este cometer suicídio. O atirador foi identificado como Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, um ex-servidor do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Testemunhas disseram ter ouvido de 20 a 30 tiros e que fiéis correram para fora da igreja depois que começaram os disparos.

Autoridades disseram que o atirador portava uma pistola automática e um revólver calibre 38, mas usou apenas a pistola. Segundo Caviola, foram ao menos 20 tiros.

O delegado José Henrique Ventura, que acompanha as investigações do caso, informou que Euler  Grandolpho não tem antecedentes criminais. “É uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais. Agora, com a identificação, nós vamos investigar a motivação”, apontou

Investigações preliminares apontam que Grandolpho não conhecia as vítimas. “Estamos agora identificando as vítimas, porque o que nos interessava primeiro era saber quem era o atirador”, apontou o delegado.

O presidente Michel Temer se disse “profundamente abalado” com a chacina e prestou condolências às famílias dos mortos e desejou que os feridos se recuperem.

“Profundamente abalado pela notícia desse crime cometido dentro da Catedral de Campinas, apresento minhas condolências aos familiares das vítimas. E rezo para que os feridos tenham rápida recuperação”, disse o presidente pela rede social.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, também se manifestou pelo Twitter. Ele disse que está acompanhando a apuração do crime e também prestou solidariedade. “Estamos acompanhando a apuração das autoridades sobre o crime bárbaro cometido hoje na Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo. Nossos votos de solidariedade às vítimas dessa tragédia e aos familiares”, disse Bolsonaro.

O Brasil é um dos países mais violentos do mundo. Em 2017, o país registrou 63,880 mil assassinatos, segundo o Fórum de Segurança Pública, 70% deles cometidos com armas de fogo.

O debate sobre a facilitação da posse de armas ganhou força durante a recente campanha eleitoral, na qual o Jair Bolsonaro, então candidato, defendeu ampliar o acesso a armas para os cidadãos, com o argumento de facilitar a autodefesa.

Bolsonaro prometeu revogar o Estatuto do Desarmamento, aprovado em dezembro de 2003 e que limitou o posse de armas e tirou milhares delas das ruas. Pesquisas mostram que mais da metade dos brasileiros é a favor da proibição das armas de fogo.

AS/efe/dpa/ap/ab

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