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Guaidó pede que Alemanha reconheça seu representante no país

8 de março de 2019

Ministério do Exterior alemão afirma que pretende entrar em contato com indicado para o cargo de embaixador do governo interino de Juan Guaidó. Pedido é feito em meio a tensão diplomática entre Berlim e Caracas.

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Juan Guaidó
Guaidó se autoproclamou presidente da VenezuelaFoto: picture-alliance/AP Photo/A. Cubillos

O líder oposicionista venezuelano, Juan Guaidó, pediu para a Alemanha reconhecer Otto Gebauer como embaixador do autoproclamado governo interino da Venezuela em Berlim. O pedido foi feito em meio àtensão diplomática gerada com a expulsão do representante alemão de Caracas.

O Ministério do Exterior alemão confirmou nesta quinta-feira (07/03) a solicitação feita por Guaidó e afirmou que pretende entrar em contato com Gebauer. O indicado é um ex-militar que esteve envolvido numa tentativa de golpe de Estado contra o antecessor de Nicolás Maduro, Hugo Chávez, em 2002.

Apesar de o governo alemão não reconhecer mais Maduro como presidente legítimo da Venezuela, o indicado pelo governo venezuelano como embaixador em Berlim, Ramon Orlando Maniglia Ferreira, ainda não foi destituído. "No momento, não conduzimos conversas políticas com o embaixador", destacou, no entanto, o  Ministério do Exterior alemão.

Já o embaixador alemão em Caracas, Daniel Kriener, foi expulso do país. O governo de Maduro alegou "recorrentes atos de ingerência em assuntos internos do país" para justificar a decisão. A Alemanha afirmou que a medida não reverterá seu apoio a Guaidó. 

O embaixador alemão compareceu na última segunda-feira, junto a outros diplomatas, ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas, para receber o líder da oposição e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, e apoiá-lo caso houvesse uma tentativa de detê-lo.

Reconhecido por mais de 50 nações como presidente interino da Venezuela, Guaidó, de 35 anos, encerrara no Equador uma turnê pela América Latina que incluiu ainda Colômbia, Paraguai, Argentina e Brasil, onde se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro.

No poder desde 2013, Maduro foi reeleito em maio passado em eleições não reconhecidas por boa parte da comunidade internacional e que não contaram com a participação da oposição.

Em 23 de janeiro, Guaidó recorreu à Constituição venezuelana para argumentar que, como chefe do Parlamento, tem autoridade para se autodeclarar presidente interino ao considerar que Maduro está "usurpando" a Presidência.

A Alemanha anunciou reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela no início de fevereiro, junto com vários países europeus – entre eles França, Espanha e Reino Unido. Os governos europeus encarregaram o líder da oposição de convocar novas eleições presidenciais credíveis.

CN/dpa

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