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Grupo Wagner afirma ter tomado vilarejo em Donetsk

12 de fevereiro de 2023

Localidade de Krasna Hora fica a poucos quilômetros de Bakhmut, cidade que vem sendo fortemente atacada por forças russas e onde ucranianos resistem.

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Mercenários do Grupo Wagner
Mercenários do Grupo Wagner caminham por Soledar em 13 de janeiro de 2023Foto: SNA/IMAGO

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou neste domingo (12/02) que mercenários comandados por ele tomaram a localidade de Krasna Hora, nas imediações da cidade ucraniana de Bakhmut, na região oriental de Donetsk.

Num vídeo na rede social Telegram, publicado pelo grupo, vê-se vários mercenários posando ao lado de uma placa com o nome dessa localidade, que fica a menos de 10 quilômetros de Bakhmut.

O governo do Ucrânia ainda não comentou as declarações.

Rivalidade interna

Há meses que tropas russas e seus aliados tentam tomar Bakhmut, sem obter êxito, pois têm encontrado forte resistência dos militares ucranianos.

Rivalidades entre o Grupo Wagner e os militares russos se tornaram visíveis durante a batalha por Bakhmut, apesar de o Kremlin negar qualquer desavença.

Em 11 de janeiro, Prigozhin havia reivindicado a tomada, por seus combatentes, da pequena cidade de Soledar, nas proximidades de Bakhmut.

Apenas dois dias depois o Ministério da Defesa da Rússia comunicou que "forças russas" controlavam a cidade.

O Exército ucraniano admitiu em 25 de janeiro ter se retirado de Soledar.

Prigozhin referiu-se indiretamente à tomada de Soledar neste domingo, ao negar que a Rússia tenha enviado soldados para a área. "Não há nenhuma unidade especial. Num raio de mais ou menos 50 quilômetros há apenas soldados do Wagner, que acabarão tomando também Bakhmut", disse.

Prigozhin também negou ter invadido Vuhledar, outra grande cidade ucraniana no sul do Donetsk, na tentativa de cercar as tropas ucranianas. "Não estamos nem no norte nem no sul", disse.

Início da grande ofensiva

As tropas russas intensificaram nos últimos dias a ofensiva terrestre, bem como os bombardeios aéreos e ataques de artilharia a posições ucranianas no Donbass e na região vizinha de Kharkiv. 

Segundo várias autoridades e analistas da Ucrânia e de países ocidentais, esses seriam os primeiros passos de uma grande ofensiva ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, para obter o controle sobre as quatro regiões ilegalmente anexadas em setembro. 

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksy Danilov, disse no sábado que Moscou já havia iniciado a ofensiva, mas que enfrentaria problemas. "A ofensiva que eles planejavam está avançando aos poucos. Mas não é a ofensiva que eles esperavam", assegurou, em declarações à televisão pública ucraniana.

as (Lusa, Efe, AFP)