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Com o aval de Sarkozy

3 de setembro de 2007

GDF Suez será a terceira maior empresa de energia do mundo. Transação foi negociada pelo presidente Nicolas Sarkozy e tem por objetivo fortalecer o setor energético francês.

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Sede em Paris: Estado será principal acionista da nova empresaFoto: AP

A estatal francesa Gaz de France (GDF) e o grupo privado franco-belga Suez anunciaram nesta segunda-feira (03/09) em Paris a fusão das duas empresas, criando o terceiro maior fornecedor de energia do mundo.

Com 35% das ações, o Estado francês será o principal acionista da GDF Suez, que terá um faturamento anual de 72 bilhões de euros e um valor de mercado de 90 bilhões de euros. A fusão deve se concluir até o início de 2008.

As negociações se estenderam durante 18 meses devido à falta de acordo entre as duas partes a respeito da troca das ações e do controle da nova empresa. O acerto final prevê que 22 ações da Suez sejam trocadas por 21 ações da Gaz de France. A Suez deverá ainda se desfazer de 65% de sua unidade ambiental (água, saneamento e resíduos).

A transação contou com o envolvimento do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que forçou a Suez a se desfazer da unidade para que a fusão fosse permitida. O objetivo da tática era enfraquecer a Suez, elevando a participação do Estado no novo conglomerado.

Segundo analistas do setor, Sarkozy está interessado em garantir o domínio francês no setor de energia, diminuindo assim a dependência do país da russa Gazprom. Duas das três maiores empresas do setor no mundo são francesas: a Electricité de France e a nova GDF Suez. Sarkozy ainda tem planos de fortalecer a Areva, que já é líder do setor de energia nuclear, e a petrolífera Total.

A nova empresa, terceira maior do mundo no setor energético, terá como principais concorrentes a francesa Electricité de France, a alemã Eon e a russa Gazprom. (as)