"First pets": animais famosos e seus presidentes
A Casa Branca de Trump foi uma raridade, por não incluir nenhum animal de estimação em mais de 100 anos. De pôneis e gatos a jacarés e guaxinins, há séculos eles têm levado alegria à sede do governo americano.
Unindo cães e gatos
O pastor-alemão de Joe Biden, Major, está no noticiário desde que o presidente eleito dos EUA fraturou o pé brincando com ele. No entanto, tem também feito sensação a notícia de que a família pretende levar um gato consigo para a Casa Branca. O pioneiro entre os "primeiros-felinos" foi um siamês, presente da Tailândia a Rutherford Hayes (1822-1893), o segundo chefe de Estado americano.
Uma Casa Branca sem animais?
Donald Trump foi o primeiro presidente americano em mais de 100 anos a não ter um animal de estimação. Os últimos a habitar a Casa Branca foram os dois cachorros de Barack Obama. Bo rapidamente cativou o público, chegando a estrelar alguns livros infantis. Ele e a irmã mais nova, Sunny, receberam numerosos dignatários estrangeiros, entre eles o papa.
Socks e Clinton
Os Bidens não serão os primeiros a conciliar cães e gatos: Bill Clinton se mudou para a Casa Branca acompanhado pelo gato Socks e pelo labrador retriever Buddy. Socks era um gato de rua adotado, que notoriamente gostava de ficar sentado no ombro do presidente na Sala Oval, chegando a aparecer junto com ele em selos postais da República Centro-Africana.
Astros de vídeo
Antes, George W. Bush dividiu a mansão presidencial com três cães e um gato, durante seus dois mandatos. Os mais famosos eram Barney e Ms. Beazley, dois scottish terriers aparentados. Ambos até estrelaram uma série de vídeos sobre a Casa Branca, entre os quais "A very Beazley Christmas", comemorando seu primeiro Natal como "first pets".
Terrier escandaloso
Um dos animais presidenciais mais famosos foi o scottish terrier Fala, de Franklin D. Roosevelt. Fez manchetes em 1944 o boato de que o presidente o teria esquecido durante uma viagem às ilhas Aleutas, enviando um destróier da Marinha para apanhá-lo, às custas dos contribuintes. Num discurso de campanha, Roosevelt negou a história e mandou os opositores deixarem seu cão em paz.
Amor equino
Entre os animais de estimação presidenciais mais fotogênicos esteve Macaroni, o pônei, um presente à filha de John F. Kennedy Caroline. Consta que a foto do par na capa da "Life Magazine" teria inspirado a canção de Neil Diamond "Sweet Caroline". No inverno, Macaroni proporcionava passeios de trenó à filha do presidente e seus amigos.
Guaxinim para a ceia?
Um dos pets mais inusitados a viver na Casa Branca foi uma guaxinim-fêmea, enviada a Calvin Coolidge (1872-1933) pelo correio por um admirador do Mississipi, como eventual quitute para a ceia de Ação de Graças. O presidente amante dos animais assegurou que nunca comera um guaxinim, nem comeria, e decidiu ficar com ela, batizando-a "Rebecca".
Presentes que mordem
Numa época em que líderes se presenteavam animais exóticos sem qualquer censura, John Quincy Adams (1767-1848) recebeu um jacaré de um general francês que lutara ao lado de George Washington. Ele mantinha o réptil num banheiro da ala leste da Casa Branca e gostava de exibi-lo aos convidados. Na década de 1930, foi a vez do filho de Herbert Hoover (1874-1964) levar dois aligátores para a mansão.