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Fim breve de um longo cativeiro

ef18 de agosto de 2003

Após seis meses de guerra de nervos, a libertação dos 14 europeus seqüestrados no Saara argelino é esperada, desde domingo, para qualquer momento.

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Fotos de vários reféns num cartaz de buscas da Polícia Federal alemã

O canal um de TV da Alemanha, ARD, noticiou no domingo, que os reféns já haviam sido libertados em Mali, para onde haviam sido transferidos pelo grupo terrorista que os seqüestrou no deserto da Argélia, em fevereiro. Várias agências de notícia também confirmaram, neste domingo (17), que os nove alemães, quatro suíços e o holandês já se encontravam em liberdade. Mas, a seguir, o avião do governo de Mali que deveria transportá-los do norte do país para Gao, retornou vazio.

O retardamento na libertação se deveria à necessidade de reunir os 14 europeus que se encontrariam divididos em vários grupos. Havia também especulações de que poderia ter fracassado a entrega do dinheiro do resgate aos terroristas.

Enquanto isso, um avião militar da Alemanha, Transall, esperava pelos turistas do deserto em Gao para levá-los à capital do Mali, Bamaco. Nesta cidade, o secretário adjunto do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, Jürgen Chrobog, e um Airbus aguardam os reféns, desde domingo, a fim de transportá-los para o aeroporto Colônia-Bonn.

Fadiga e morte

- Os 14 turistas fazem parte do grupo de 32 europeus seqüestrados em 22 de fevereiro deste ano, no deserto da Argélia. Dezessete foram libertados por uma ação militar argelina, em meados de maio. Para escapar do comando especial argelino, os seqüestradores se mudaram com suas presas para o norte do Mali. Uma refém alemã, de 46 anos, não suportou a fadiga e morreu em julho.

Os governos alemão, suíço e holandês vinham mantendo as negociações sobre a libertação dos reféns sob rigoroso sigilo. Falou-se de um resgate milionário, o qual todos os governos europeus teriam, por princípio, se recusado a pagar, segundo um diplomata em Bamako. No final, o governo de Mali teria pago o resgate, mediante a promessa de recebê-lo de volta em forma de ajuda ao desenvolvimento. Oficialmente, o governo alemão jamais pagaria um resgate.

Segundo a emissora ARD, um negociador malinês já teria feito a entrega do dinheiro do resgate no sábado (16). O valor exato da soma permanece ignorado. O resgate de 64 milhões de euros, exigido inicialmente pelos seqüestradores, é considerado por peritos muito exagerado.