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Explosão em hotel de Havana deixa pelo menos 25 mortos

6 de maio de 2022

Presidência de Cuba aponta vazamento de gás como causa provável. Hotel cinco estrelas costumava hospedar políticos e celebridades, estava em reforma e planejava retomar suas atividades na próxima semana.

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Foto externa do hotel mostrando quartos expostos após a queda da parede
Parede externa do hotel caiu com a força da explosãoFoto: ALEXANDRE MENEGHINI/REUTERS

Uma forte explosão danificou gravemente um hotel de luxo em Havana nesta sexta-feira (06/05) e provocou a morte de pelo menos 25 pessoas e deixou mais de 70 feridas, segundo autoridades locais.

A explosão ocorreu pouco após as 11h locais (12h em Brasília) e arrancou grande parte da parede externa do Hotel Saratoga, um edifício do século 19 no centro histórico de Havana.

O gabinete do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que se dirigiu ao local, informou que a explosão foi provavelmente provocada por um vazamento de gás.

Os primeiro quatro andares do hotel, que estava sem hóspedes devido a reformas, foram deixados revirados e expostos pela explosão.

Equipes de resgate seguiam no local procurando pessoas que possam estar presas sob os escombros. Uma escola ao lado do hotel foi esvaziada.

"Pensei que fosse um terremoto"

O fotógrafo Michel Figueroa disse que estava passando pelo hotel quando "a explosão me jogou no chão, e minha cabeça ainda dói (...) Tudo foi muito rápido''.

Yazira de la Caridad, mãe de dois filhos, contou que a explosão sacudiu sua casa, a um quarteirão do hotel: "O prédio inteiro se moveu. Pensei que fosse um terremoto'', disse. "Ainda estou com o coração saindo pela boca."

Mayiee Perez afirmou que tinha corrido para o local após receber uma ligação de seu marido, Daniel Serra, que trabalha em uma loja de câmbio dentro do hotel. Ela disse que ele relatou: "Eu estou bem, estou bem. Eles nos tiraram de lá."

O hotel cinco estrelas, em estilo neoclássico, tem 96 quartos e conta com dois bares, dois restaurantes e uma piscina na cobertura. O edifício foi reformado por uma empresa britânica após o fim da União Soviética, e hospedava autoridades públicas e celebridades, entre elas Madonna e Beyoncé. O hotel planejava retomar as suas atividades após a pandemia na próxima semana, segundo sua página no Facebook.

bl/ek (AP, AFP)