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EUA sancionam oligarcas ligados ao Kremlin

6 de abril de 2018

Governo impõe novas sanções econômicas contra a elite russa. Desde a chegada de Trump à Casa Branca, quase 200 pessoas e entidades na Rússia foram alvo de retaliações americanas.

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O multimilionário Oleg Deripaska, fundador da empresa elétrica En+ Group, ao lado de Putin
O multimilionário Oleg Deripaska, fundador da empresa elétrica En+ Group, ao lado de PutinFoto: picture-alliance/AP/Sputnik/M. Klimentyev

O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira (06/04) novas sanções econômicas à Rússia, tendo com alvo sete oligarcas e 17 altos funcionários russos, entre eles um genro do presidente Vladimir Putin. A justificativa é a participação "em ações perversas no mundo todo", incluindo a "tentativa de minar as democracias ocidentais".

"Os oligarcas e as elites russas que se aproveitam deste sistema corrupto já não estão mais livres das consequências das atividades desestabilizadoras de seu governo", afirmou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, em comunicado.

"O governo russo está envolvido em ações perversas no mundo todo, incluindo a contínua ocupação da Crimeia e a instigação de violência no leste da Ucrânia", ressaltou Mnuchin.

Leia também: ​​​​​​A conflituosa política externa da Rússia 

O secretário afirmou que Moscou fornece "ao regime sírio de Bashar al-Assad material e armas para bombardear seus próprios civis", além de tentar "minar as democracias ocidentais" e estar por trás de "atividades cibernéticas maléficas".

Entre os sancionados estão um suposto genro de Putin, Kirill Shamalov, um dos principais acionistas da empresa energética Sibur. Ele é casado com Katerina Tikhonova, que jamais foi reconhecida pelo presidente ou pelo Kremlin como sendo de fato sua filha.

Também consta na lista o multimilionário Oleg Deripaska, fundador da empresa elétrica En+ Group, além de outras empresas controladas por oligarcas russos.

Entre os altos funcionários do governo russo incluídos nas sanções estão o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, e o presidente adjunto do Banco Central da Rússia, Alexander Torshin.

O Departamento do Tesouro americano informou que desde o início do governo do presidente Donald Trump, 189 pessoas e entidades relacionais à Rússia foram punidas com sanções.

Trump evita fazer críticas diretas à Putin, e chegou até a convidar o líder russo para visitar o país. Seu governo, porém, adotou uma série de medidas econômicas e diplomáticas para aumentar a pressão sobre Moscou. "Ninguém foi mais duro com a Rússia do que eu", afirmou Trump à imprensa no início da semana.

No mês passado, os EUA puniram com sanções 19 indivíduos e cinco entidades russas. O governo americano expulsou dezenas de diplomatas e fechou dois consulados russos em apoio a medidas semelhantes adotadas pelo Reino Unido, após o envenenamento com o agente químico Novichok do ex-espião russo Sergei Skripal na cidade britânica de Salisbury, atribuído á Rússia.

RC/ap/efe

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