EUA corrigem para 11 mil número de militares no Afeganistão
30 de agosto de 2017O Pentágono elevou nesta quarta-feira (30/08) para 11 mil o número de soldados do país que estão no Afeganistão, após uma mudança no mecanismo de contagem de tropas. Com a alteração, foram incluídos no cálculo militares em missões temporárias.
"Com o novo mecanismo de contagem, o novo número oficial de soldados americanos no Afeganistão é de 11 mil", anunciou o tenente-general Kenneth McKenzie, diretor do Estado Maior Conjunto dos EUA.
A porta-voz do Pentágono , Dana White, ressaltou que o anúncio não significa um aumento no número de militares americanos que já estão no Afeganistão.
O número é superior aos 8,4 mil contabilizados anteriormente e ainda não engloba os militares que podem ser enviados ao país como parte da nova estratégia anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para o conflito.
Autoridades militares já haviam admitido uma presença muito maior de soldados naquele país do que o limite estabelecido. Para manter os números oficiais artificialmente mais baixos, os comandantes classificam muitos como "temporários" e usam outros métodos de contagem de efetivos.
White se recusou a fornecer pormenores semelhantes sobre o número de soldados americanos na Síria e no Iraque, onde há também milhares além do que o departamento de Defesa publicamente admite.
Já McKenzie se negou a dar detalhes sobre a quantidade de militares que os Estados Unidos devem enviar ao Afeganistão para o reforço nas tropas anunciado por Trump. A imprensa americana afirma que cerca de 4 mil militares serão enviados.
Ao anunciar a nova estratégia há pouco mais de uma semana, presidente afirmou que a mudança visa "obliterar" o "Estado Islâmico" (EI), "esmagar" a Al Qaeda e impedir o Talibã de dominar o Afeganistão.
CN/lusa/efe/rtr/afp/ap