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EUA aprovam venda de caças F-16 para a Turquia

27 de janeiro de 2024

Washington confirmou contrato de 23 bilhões de dólares com Ancara, alguns dias depois de a Turquia ter ratificado a adesão da Suécia à Otan.

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F-16 da Turquia decolando
Turquia receberá 40 novos F-16 e atualizações para 79 caças desse modelo de sua frota atualFoto: Axel Heimken/AFP/Getty Images

Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (26/01) um contato de 23 bilhões de dólares para a venda de caças F-16 à Turquia e a modernização de outros jatos, como parte de acordo para Ancara ratificar a adesão da Suécia à Otan.

A Turquia receberá 40 novos F-16 e atualizações para 79 jatos do mesmo modelo que já possui em sua força aérea, disse o Departamento de Estado dos EUA em um comunicado à imprensa.

O F-16, produzido pela fabricante de armas norte-americana Lockheed Martin, é uma aeronave militar avançada e versátil. O caça pode ser usado tanto para defesa aérea como para ataque a posições terrestres, e é capaz de voar em altitudes muito baixas e em diferentes condições climáticas.

A Ucrânia também está interessada em receber F-16 para fortalecer sua capacidade de reação à invasão russa.

No mesmo dia, o Departamento de Estado dos EUA notificou o Congresso sobre a venda de 40 jatos F-35 para a Grécia – país que faz fronteira com a Turquia e com a qual compartilha uma longa história e tensões frequentes. O contrato com a Grécia é no valor de 8,6 bilhões de dólares.

Negociações sobre Suécia na Otan

Após 20 meses de arrastadas negociações, o Parlamento turco ratificou na terça-feira a adesão da Suécia à Otan, e a decisão foi publicada no Diário Oficial da Turquia na quinta-feira. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, havia vinculado a ratificação da adesão da Suécia à venda dos caças dos EUA, entre outras condições.

A Hungria agora é o único dos 31 países-membros da Otan que ainda não aprovou a entrada sueca na aliança. Todos os países que integram o grupo precisam ratificar a adesão de um novo membro. A entrada da Suécia tornaria toda a costa do Báltico território da aliança, exceto a costa russa e seu exclave de Kaliningrado.

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou que enviou uma carta ao premiê Ulf Kristersson convidando-o a Budapeste para discutir a candidatura da Suécia. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores sueco, Tobias Billstrom, disse que não via "nenhuma razão" para negociar com a Hungria "neste momento".

A Suécia apresentou sua candidatura à aliança transatlântica ao mesmo tempo que a Finlândia, logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022, a fim de reforçar sua segurança. A Finlândia aderiu à Otan em abril do ano passado. Enquanto aprovou a adesão finlandesa, a Turquia, juntamente com a Hungria, deixou a Suécia esperando.

Tanto a Turquia quanto Hungria mantiveram laços diplomáticos e comerciais estreitos com a Rússia apesar da invasão da Ucrânia, e têm sido críticas às sanções ocidentais contra Moscou. O restante da Otan apoia a Ucrânia na guerra.

bl (AFP, dpa, Reuters)