Gripe suína
10 de novembro de 2009Se a gripe suína se transformasse em uma pandemia, as consequências seriam fatais para a economia. Mas ainda estamos longe disso. Segundo o Instituto RobertKoch, o número de pessoas infectadas pelo vírus aumentou para 40 mil, o que corresponde a 0,05% da população da Alemanha.
Para ser considerada uma pandemia branda, o número de doentes deveria atingir 15% dos habitantes. Já uma pandemia média corresponderia a 30% da população e uma grave, a 50%. Mas o que aconteceria se a gripe suína se tornasse um fenômeno de massa na Alemanha?
Este cenário certamente frearia a economia do país. Boris Augurzky, do Instituto Renano-Vestfálico de Pesquisa Econômica, aponta que em uma situação de pandemia branda o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha diminuiria 0,4 pontos percentuais. Com uma pandemia grave, este número cairia para -1,6%. Neste caso, a doença custaria ao país 40 bilhões de euros.
Prevenção é a melhor medida
No entanto, Sebastian Krolop, da empresa de consultoria empresarial ADMED, afirma que estes prejuízos podem ser evitados. "Medidas de prevenção podem reduzir os custos à metade. Avaliamos aspectos como o uso de máscaras por toda a população, as vacinas, o abastecimento com medicamentos antivirais e os custos de cuidados intensivos, mas o mais importante é o planejamento nas empresas", explica Krolop.
"Neste sentido, porém, ainda há muito a ser feito", acrescenta. Principalmente as pequenas e médias empresas não definiram estratégias caso os funcionários de um departamento inteiro fiquem doentes. Em uma situação dessas, as consequências econômicas de uma pandemia branda já seriam enormes.
Prejuízos são imprevisíveis
Mas qual é a probabilidade de isso realmente acontecer? Wilfried Johannssen, da presidência da seguradora de saúde Allianz, diz que não é possível saber, pois "não há dados concretos. Não há método que nos possa dizer como fazer isso".
Também Augurzky reforça que não há números precisos, "mas um alto risco, pois o vírus já chegou. E agora, com a chegada do inverno na Europa, a campanha nacional de vacinação acontece no momento certo", conclui.
Autor: Philip Banse (jbn)
Revisão: Roselaine Wandscheer