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Dois "Proud Boys" indiciados por assalto ao Capitólio

31 de janeiro de 2021

Acusações incluem conspiração e desordem civil. Grupo ultranacionalista ganhou atenção nacional desde que Trump se dirigiu diretamente a seus adeptos, em debate presidencial.

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Multidão com bandeiras ocupa fachada do Capitólio, em Washington
Assalto ao Capitólio em 06/01/2021 é considerado tentativa de insurreiçãoFoto: Stephanie Keith/REUTERS

Dois membros do grupo de extrema direita Proud Boys foram indiciados em conexão com a invasão do Capitólio, em Washington, informaram representantes do Departamento de Justiça americano na noite de sexta-feira (29/01).

Segundo o gabinete do procurador-geral dos Estados Unidos no distrito de Colúmbia, dois nova-iorquinos de 31 e 43 anos são acusados de conspiração, desordem civil e ingresso ilícito em prédios ou terrenos restritos, entre outros delitos.

O ultranacionalista de 43 anos enfrenta acusações adicionais, incluindo roubo de propriedade pessoal dos EUA; agressão, resistência ou obstrução a agentes da lei; e destruição de propriedade do governo. Ambos foram detidos inicialmente em 12 e 15 de janeiro.

Uma multidão violenta de adeptos de Donald Trump atacou em 6 de janeiro a sede do Legislativo americano, após uma manifestação convocada pelo então presidente. No dia, o Congresso certificava os votos do Colégio Eleitoral dando ao democrata Joe Biden a vitória nas eleições presidenciais. O assalto resultou em cinco mortes.

Na ocasião, o magnata republicano ainda sustentava que a eleição presidencial de novembro de 2020 fora fraudada, e que na realidade ele fora reeleito. Parlamentares acusaram Trump de incitar uma insurreição, e atualmente ele responde a um segundo processo de impeachment, fato inédito na história dos EUA.

O grupo ultranacionalista Proud Boys ganhou projeção nacional após o primeiro debate presidencial, em outubro de 2020, quando Trump dirigiu-se diretamente a seus membros, dizendo-lhes para "recuarem e ficarem de prontidão". Seu líder, Enrique Tarrio, também está preso em conexão com o assalto à sede do Congresso.

Grupo ultranacionalista Proud Boys em manifestação em Washington em dezembro de 2020
Enrique Tarrio (esq.), líder dos Proud Boys, em manifestação em Washington em dezembro de 2020Foto: Stephanie Keith/Getty Images

Rabino da Flórida entre indiciados

No sábado, o rabino da Flórida Michael Stepakoff foi detido por envolvimento no assalto ao Capitólio. Após ser escutado pelo juiz Anthony Porcelli num tribunal federal de Tampa, Stepakoff ficou em liberdade mediante pagamento de caução de US$ 25 mil e entrega de seu passaporte e armas, e não deve deixar o estado até o julgamento.

O líder da sinagoga Temple New Jerusalem, em Palm Harbor, foi filmado pelas câmaras de segurança do Capitólio usando um gorro escuro, em meio ao grupo de invasores. Com a mesma roupa, Stepakoff publicou no Facebook fotos suas cercado de simpatizantes do ex-presidente Trump, no comício que antecedeu a invasão do Capitólio. A postagem foi comentada pela própria esposa do sacerdote, pedindo orações por ele.

Na audiência, seu representante, Rick Terrana, sublinhou que o rabino e advogado é um "republicano fervoroso", que se encontrava em Washington em 6 de janeiro para um serviço relacionado a sua função religiosa, tendo apenas então decidido juntar-se à manifestação. Além disso, se encontrava entre os manifestantes pacíficos e nada do que tenha feito "foi mau ou criminoso", argumentou o jurista.

av (Lusa,DPA)