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Dois filmes brasileiros no Festival de Hamburgo

Soraia Vilela

"Bicho de Sete Cabeças" concorre a prêmio de 15 mil euros. Festival foi aberto com filme sobre adolescentes de rua alemães.

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Foi aberto a 25 de setembro o 7º Festival de Cinema de Hamburgo, que vai até o o dia 30. Destinada a ser um “fórum do cinema jovem e independente”, a mostra reúne 90 filmes de vários países, entre eles os brasileiros Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky (com Rodrigo Santoro, Othon Bastos e Cássia Kiss), e A Partilha, dirigido por Daniel Filho (com Glória Pires e Andréia Beltrão no elenco).

Da América Latina participam ainda dois títulos da Argentina e um do México, ao lado de contribuições do Japão, Irã, China, Coréia, Albânia e Quirguistão.

Bicho de Sete Cabeças faz parte do ciclo especial Tesafilm Festival, que reúne entre 10 a 12 diretores jovens de todo o mundo, por ocasião da estréia de seus filmes em território alemão. Os convidados passam uma semana em Hamburgo participando de discussões e debates sobre o mercado cinematográfico internacional, além de visitarem empresas de pós-produção na cidade alemã, um dos pólos na área de mídia no país. Como parte da mostra Tesafilm Festival, o público presente às sessões de cinema escolhe o título que levará o prêmio de melhor filme, no valor de 15 mil euros.

O Festival de Cinema de Hamburgo concede ainda esse ano pela primeira vez o Prêmio em Tecnologia Digital. Onze produtores de nove países participaram da competição Digi@ward, com filmes que utilizam predominantemente computação gráfica e efeitos multimídia. Os vencedores, já definidos por ocasião da abertura do festival, são o dinamarquês Henrik Danstrup, produtor do thriller KAT (dirigido por Martin Schmidt) e o inglês Ben Woolford, pela produção de This Filthy Earth, de Andrew Kötting.

A abertura do Festival na noite de 25 ficou por conta de Engel & Joe, da diretora alemã Vanessa Jopp, extremamente aplaudido pelo público. O longa narra a história de dois adolescentes de rua que se encontram em um reduto de desabrigados no centro de Colônia. Enquanto o jovem Engel, de 17 anos, já vive há anos nas ruas, Joe, 15, acabara de fugir de casa por não suportar mais as brigas entre sua mãe histérica e seus vários amantes. Apesar do amor à primeira vista, a história não se desenrola como nos contos de fadas.

O roteiro de Engel & Joe é baseado em uma reportagem de Kai Herrmann, um dos autores do livro Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída (no original Wir Kinder vom Bahnhof Zoo), sucesso de vendas nos anos 80 e também transformado em filme.