Diversidade religiosa no Vale do Ruhr
A vida religiosa na região industrial do Vale do Ruhr, no oeste da Alemanha, é colorida e diversificada. A fotógrafa alemã Brigitte Kraemer capturou cenas de devoção e adoração para uma exposição em Bochum.
Fé iluminada
A vida religiosa e seus rituais podem ser coloridos e reluzentes. Esse é o tema da exposição "De Boa Fé: Diversidade Religiosa na Região do Vale do Ruhr", em cartaz em Bochum (oeste da Alemanha). A série de imagens da fotógrafa Brigitte Kraemer captura a devoção em uma das áreas de maior diversidade cultural da Alemanha. Na foto, o interior de uma igreja síria ortodoxa na cidade de Herne.
Rabinos numa sinagoga em Dortmund
Por volta de 1900, muitas sinagogas foram construídas na região, que depois foram destruídas durante o regime nazista. Em 1945, após a perseguição e o extermínio dos judeus, as manifestações da vida judaica foram quase extintas. Nas últimas décadas, um grande número de judeus do leste europeu migrou para a região e o número de adeptos da religião é similar ao de antes da Segunda Guerra.
Mais muçulmanos
O número de muçulmanos supera, de longe, o de judeus no Vale do Ruhr. Nas regiões do Reno e do Ruhr, vivem cerca de 1,5 milhões de muçulmanos. Grande parte vive no Vale do Ruhr. Há 50 anos, quando os primeiros muçulmanos chegaram, eles improvisaram salas de oração em quintais e alojamentos. Desde então, diversas mesquitas foram construídas, como esta em Gelsenkirchen.
Concentração profunda
Talvez o imã da mesquita Mescid-i-Aksaa, em Gelsenkirchen, esteja preparando o sermão para a tradicional oração da sexta-feira. As mesquitas não são apenas um local para oração. Elas têm uma função social importante para a comunidade muçulmana. São ponto de encontro de membros da comunidade e também um espaço para o diálogo inter-religioso.
Procissões cristãs nos dias atuais
Procissões pelos campos são tradição na Igreja Católica há mais de 1500 anos. Os padres costumavam rezar pelo crescimento dos frutos e pela prosperidade da colheita. Hoje, os pedidos abordam temas como empregos para todos, o fim da fome, paz e melhoras sociais que afetam pessoas em todo o mundo. Na foto, uma procissão dos padres da Igreja de Santo Antônio em Essen.
Diversidade de tradições
Existem cerca de 150 igrejas e religiões diferentes na região do Vale do Ruhr. A diversidade reflete a globalização crescente. Com imigrantes vindos dos mais diversos países, a diversidade de tradições religiosas aumentou. A foto mostra o templo hindu Sri-Varasithi-Vinayagar em Hattingen.
Festival hindu
O templo hindu Sri Kamadchi Ampal foi construído na cidade de Hamm em 2002 e é o maior templo dravidiano da Europa. A foto mostra uma procissão durante o festival anual promovido pelo templo, que atrai milhares de peregrinos de toda a Europa. Cerca de 100 mil hindus vivem na Alemanha. Eles frequentam os 40 templos hindus espalhados pelo país.
"Portão para o guru"
Relativamente jovem, o movimento Singh Sabha foi iniciado pela comunidade Sikh. O movimento reformista surgiu em 1873 na região indiana de Punjab. Os sikhs chamam seus locais de oração de "gurdwaras", que significa algo como "portão para o guru". Na foto, o portão na cidade de Moers. Assim como em outras comunidades, esses "gurdwaras" têm uma importante função social na comunidade.
Diversidade budista
Na Alemanha vivem cerca de 130 mil budistas de origem asiática e 120 mil de origem alemã ou europeia. Eles seguem diferentes correntes. Esse monge budista toca o sino do templo EKŌ em Düsseldorf. EKŌ significa "brilho suave" ou "dádiva de luz".
Sentindo o momento certo
A fotógrafa Brigitte Kraemer descobriu e retratou a diversidade religiosa dos moradores da região do Ruhr. Como fotojornalista, seu trabalho ilustrou as páginas de importantes revistas como "Stern" e "Spiegel". "De Boa Fé: Diversidade Religiosa na Região do Vale do Ruhr" está em cartaz no Museu Industrial de Bochum até o dia 30 de junho.