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Ditadores devem pagar o preço, diz Biden sobre Putin

2 de março de 2022

Em discurso ao Congresso, presidente dos EUA fez duras críticas à Rússia, disse que Putin está mais isolado do que nunca e que a economia russa já começa a sentir os efeitos das sanções do Ocidente.

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Biden fala em um púlpito. Atrás, Kamala Harris e Nancy Pelosi aplaudem.
Biden afirmou que a guerra "foi premeditada e não provocada"Foto: Saul Loeb/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma mensagem clara ao presidente russo, Vladimir Putin, nesta terça-feira (01/03), em seu primeiro Discurso do Estado da União. Perante o Congresso, Biden afirmou que a "liberdade sempre triunfará sobre a tirania", defendeu as duras sanções contra a Rússia e afirmou que a pressão sobre o país só aumentará.

O democrata disse que Putin está mais isolado do que nunca e que a economia da Rússia já começa a sentir os efeitos das duras medidas punitivas aplicadas pelos EUA em conjunto com a União Europeia e outros aliados ocidentais.

"Em nossa história, aprendemos esta lição: quando ditadores invadem um país, eles têm que pagar por isso", afirmou Biden. 

O presidente americano também disse em seu discurso que Putin pensou que poderia dividir o Ocidente e que a Otan não reagiria. No entanto, segundo Biden, Putin cometeu um grave erro de cálculo. "Estávamos prontos", disse o democrata. "A guerra de Putin foi premeditada e não provocada", advertiu Biden. 

Como gesto simbólico de apoio, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, foi convidada para o discurso do presidente e permaneceu ao lado da primeira-dama Jill.

Mulher segura uma pequena bandeirinha da Ucrânia. Ao lado, Jill a aplaude.
Embaixadora da Ucrânia nos EUA, Oksana Markarova, assistiu ao discurso ao lado da primeira-dama americana, JillFoto: Evelyn Hockstein/Getty Images

EUA não enviará tropas à Ucrânia

Biden lembrou que os EUA já deram à Ucrânia mais de 1 bilhão de dólares em assistência direta nos últimos tempos e que Washington vai continuar a apoiar o povo ucraniano.

No entanto, o presidente reafirmou que os EUA não enviarão tropas à Ucrânia. Todavia, ele garantiu que, no caso de Putin decidir continuar a mover-se para oeste, "os Estados Unidos e os aliados vão defender cada centímetro de território dos países da Otan".

Biden confirmou a mobilização de tropas, aviões de combate e navios militares para proteger os países da Aliança Atlântica, incluindo Polônia, Romênia, Letônia, Lituânia e Estônia,  vizinhos da Ucrânia.

Fechamento do espaço aéreo

O presidente americano aproveitou o discurso para anunciar que os Estados Unidos vão fechar o espaço aéreo a aeronaves e companhias aéreas russas, incluindo jatinhos particulares de oligarcas russos.

 "Vamos juntar-nos aos nossos aliados, isolando ainda mais a Rússia e colocando pressão adicional na economia", disse.

Um total de 37 países, incluindo todos os membros da UE, além de Reino Unido e Canadá, já haviam anunciado o fechamento do espaço aéreo aos russos.

Na segunda-feira, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que essa não seria uma decisão fácil, já que poderia levar a Rússia a tomar uma medida semelhante.

Biden também afirmou que o país perseguirá os crimes de oligarcas russos, e que o Departamento de Justiça americano está formando um grupo de trabalho para esta finalidade.

"Estamos nos unindo aos nossos aliados europeus para encontrar e apreender iates, apartamentos de luxo e aviões particulares deles", anunciou Biden

le (lusa, efe, ots)