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Diplomatas alertaram em julho sobre rápido avanço do Talibã

20 de agosto de 2021

"The Wall Street Journal" informa que, um mês antes, embaixada americana em Cabul enviou comunicado ao secretário de Estado alertando sobre risco de Afeganistão cair nas mãos dos fundamentalistas e exigindo medidas.

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Pessoas em rua de Cabul
A rua que leva ao aeroporto de Cabul em 20 de agosto: afegãos tentam a todo custo fugir do paísFoto: Wakil Kohsar/AFP/Getty Images

Diplomatas da embaixada dos Estados Unidos no Afeganistão alertaram em meados de julho o secretário de Estado, Antony Blinken, do risco de Cabul cair na mãos dos talibãs pouco depois de as tropas americanas se retirarem do país, como de fato ocorreu, informou o jornal The Wall Street Journal nesta quinta-feira (19/08).

Segundo o diário, 23 diplomatas da embaixada dos EUA em Cabul avisaram Blinken em um comunicado interno de 13 de julho sobre a possibilidade de um rápido avanço do grupo fundamentalista Talibã e do colapso das forças de segurança afegãs.

Os mesmos diplomatas também pediram ao Departamento de Estado que começasse a coletar o quanto antes os dados necessários para retirar os afegãos que trabalharam para os Estados Unidos, ao longo de 20 anos, como intérpretes ou tradutores, e que agora têm direito a vistos especiais para se refugiar nos Estados Unidos.

Também consideraram que os voos para a retirada de pessoal deveriam começar no mais tardar em 1º de agosto.

A comunicação se deu por meio de um memorando de dissenso, que os diplomatas dos EUA usam para expressar preocupação com decisões nas quais não se sentem devidamente consultados.

O governo do presidente Joe Biden está sendo criticado por não ter antecipado esforços para retirar cidadãos americanos e afegãos que colaboraram com países estrangeiros antes de Cabul cair nas mãos dos talibãs.

as/ek (Efe, Reuters, OTS)