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Datafolha mostra Lula com vantagem estável de seis pontos

14 de outubro de 2022

Nova pesquisa aponta que candidato do PT tem 53% dos votos válidos, contra 47% de Jair Bolsonaro. Número permaneceram praticamente inalterados em relação à pesquisa da semana passada.

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La entrevista I Luiz Inacio „Lula“ da Silva I 07.08.2021
Foto: Ricardo Stuckert/DW

Nova pesquisa Datafolha de intenção de votos para o segundo turno da eleição presidencial mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seis pontos à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (14/10), o ex-presidente Lula soma 53%, dos votos válidos contra 47% de Bolsonaro.

Entre os votos totais, Lula somou 49%. Bolsonaro, 44%. Brancos e nulos somam 5% e não sabem 1%.

O Datafolha ouviu 2.898 pessoas, em 180 municípios, entre quarta e sexta-feira. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

No último Datafolha, divulgado em 7 de outubro, Lula apareceu com as mesmas 53% das intenções de voto válidos no segundo turno, contra 47% de Bolsonaro. No mesmo levantamento da semana passada, entre os votos totais, Lula somava 49%. Bolsonaro, 44%. Houve apenas uma oscilação entre brancos e nulos, que somavam 6%, e nos indecisos, que eram 2%.

O Datafolha também mostra que, a pouco mais de duas semanas do segundo turno, 93% dos eleitores se dizem totalmente decididos sobre o voto para presidente, enquanto 7% afirmam que a escolha ainda pode mudar.

Ainda segundo o novo levantamento instituto, Bolsonaro continua a liderar o ranking de rejeição entre os eleitores: 51% afirmam que não votariam no presidente de jeito nenhum. Já a rejeição de Lula chega a 46%. Os números são os mesmos que haviam aparecido na pesquisa anterior.

Os resultados do Datafolha desta sexta-feira foram divulgados quatro dias após uma pesquisa Ipec que apontou Lula com 55% dos votos válidos no segundo turno, contra 45% de Bolsonaro.

A estabilidade das intenções de voto no Datafolha contrasta com a tensão da disputa do segundo turno, que tem sido marcado por ataques entre os candidatos, fatos políticos negativos para o governo e ampla distribuição de fake news. Apesar de dominarem o noticiário, os embates dessa segunda fase da campanha não parecem estar influenciando os eleitores a mudarem significativamente de opinião.

Avaliação de Bolsonaro consolida melhora

Os números do instituto também indicam que a melhora da avaliação do governo Bolsonaro se consolidou depois do primeiro turno.

Segundo a nova pesquisa do instituto, 39% dos eleitores dos eleitores consideram a gestão de Bolsonaro ruim ou péssima, contra 40% no último levantamento e 44% no penúltimo.

Já o percentual daqueles que classificam como ótima ou boa subiu para 38% - o melhor nível alcançado por Bolsonaro em seu governo. Eram 37% na última pesquisa e 31% na penúltima.

O percentual daqueles que avaliam como regular se manteve 22%.

Nova pesquisa aponta que candidato do PT tem 53% dos votos válidos, contra 47% de Jair Bolsonaro. Número permaneceram praticamente inalterados em relação à pesquisa da semana passada.

Pesquisas x resultados

O resultado do primeiro turno surpreendeu e gerou críticas a institutos de pesquisa, já que os últimos levantamentos do Datafolha e do Ipec antes do pleito, divulgados na véspera do pleito, apontavam Lula 14 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. Pesquisas anteriores também vinham indicando ampla vantagem do petista.

No entanto, após a contagem de votos, a vantagem de Lula foi de cerca de cinco pontos percentuais. Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos, Bolsonaro, 43,2%.

Em entrevista à DW, o diretor de amostragem do Survey Research Center da Universidade de Michigan (EUA) e membro da American Association for Public Opinion Research (Aapor), Raphael Nishimura, disse que tratar as pesquisas eleitorais como oráculo não faz sentido.

"Não tem como a gente dizer que pesquisas pré-eleitorais erram ou acertam o resultado das eleições. Elas são um retrato do momento", explica o estatístico.

Como possíveis explicações para a diferença dos resultados da pesquisa e do que foi visto nas urnas, Nishimura cita que uma parte do eleitorado pode ter mudado o voto em cima da hora, depois das últimas sondagens. O não comparecimento de 20% é outro ponto difícil de considerar nos levantamentos. A terceira hipótese é de um viés de não resposta por parte de eleitores pró-Bolsonaro que desconfiam dos institutos.

jps (ots)