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SaúdeChina

China registra primeiras mortes por covid-19 em dois anos

19 de março de 2022

País lida com surto de coronavírus mais grave desde 2019. Vítimas, de idade avançada, eram da província de Jilin, de onde surgiu a maior parte das infecções registradas nas ultimas semanas em solo chinês.

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Fachada de centro de testagem de covid-19 na China. País impõe política de "covid zero" com lockdowns em cidades inteiras e testagem em massa em milhões de pessoas
China impõe política de "covid zero" com lockdowns em cidades inteiras e testagem em massa em milhões de pessoasFoto: Noel Celis /AFP

Autoridades chinesas informaram neste sábado (19/03) a ocorrência de duas mortes associadas à covid-19, as primeiras desde janeiro de 2021, enquanto o país lida com o surto mais grave da doença em dois anos.

As duas mortes, ambas na província de Jilin, foram de pacientes em idades avançadas e resultaram de condições de saúde existentes antes do contágio, informou a Comissão Nacional de Saúde do país. Uma das vítimas não tinha sido vacinada contra a doença.

A maioria das 2.157 transmissões de covid-19 registradas neste sábado na China ocorreram em Jilin. A província impôs proibições de viagens, e as pessoas necessitam de uma autorização da polícia para poder deixar a região.

Desde o início de março, as autoridades chinesas registraram oficialmente mais de 29 mil casos da doença. O aumento dos números oficiais é atribuído à disseminação da variante ômicron do coronavírus.

O país realiza uma política rígida de contenção, com a imposição de lockdowns em cidades inteiras e testagem em massa em milhões de pessoas, como parte de sua política de "covid zero", adotada após o surgimento da doença em Wuhan, em 2019.

Milhões de pessoas em diferentes regiões estão sob ordens de não saírem de suas casas, com o número de casos diários da doença aumentando de menos de uma centena para milhares em um período de três semanas.

Hong Kong vive alta da doença

Pequim atribui o baixo número de óbitos – 4.638 mortes oficialmente registradas – à sua política de contenção. Contudo, o líder chinês, Xi Jinping, reconheceu, pela primeira vez, o alto preço dessas medidas para o país, ao afirmar que a China deve buscar "efeito máximo por custos mínimos" no controle da doença.

A província semiautônoma de Hong Kong enfrenta o surto mais grave desde o início da pandemia com 16,5 mil casos registrados neste sábado. O total de infecções superou a marca de um milhão nesta sexta-feira no território, que já acumula mais mortes do que a China continental.

rc (AP, AFP)