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ConflitosEstônia

Cabos no Mar Báltico são reparados: há suposta sabotagem

6 de janeiro de 2025

Dois dos quatro cabos de telecomunicações rompidos em dezembro estão operacionais. Já o Estlink2, de energia, deve levar meses para ser recuperado.

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Navio Eagle S, suspeito de fazer parte da frota fantasma da Rússia
Navio Eagle S foi detido sob suspeita de interromper a ligação elétrica entre a Finlândia e a EstôniaFoto: Jussi Nukari/Lehtikuva/AFP/Getty Images

Dois dos quatro cabos submarinos de telefonia e internet que conectam a Estônia e a Finlândia pelo Mar Báltico foram reparados, informou a operadora finlandesa de telecomunicações Elisa.

Há fortes suspeitas de sabotagem: as autoridades da Finlândia acreditam que os quatro cabos de telecomunicações e um de energia foram rompidos propositalmente em 25 de dezembro. Semanas antes, outros cabos haviam sido cortadosna região. 

Com diâmetro de pouco mais de dois centímetros, os cabos são reforçados com aço, e várias camadas de isolamento protegem as fibras internas. Alguns especialistas e políticos acreditam que os incidentes recentes contra a infraestrutura fazem parte de uma guerra híbrida entre a Rússia e os países ocidentais.

Navio suspeito de sabotagem detido na Finlândia

Investigadores suspeitam que o navio petroleiro Eagle S, que navega sob a bandeira das Ilhas Cook, tenha sido responsável pela sabotagem.

O Eagle S foi apreendido e levado para uma baía perto do porto de Porvoo, na Finlândia, onde a polícia está coletando evidências e interrogando a tripulação. Oito membros da tripulação foram citados como suspeitos na investigação.

Guarda costeira escoltando o Eagle S
Eagle S foi escoltado pela guarda costeira da Finlândia para investigaçãoFoto: Finnish Border Guard LEHTIKUVA/HANDOUT/RAJAVARTIOSTO/dpa/picture alliance

O navio é acusado de integrar a assim chamada "frota fantasma" da Rússia, que tem transportado produtos de petróleo russo, contornando o embargo comercial imposto devido à invasão da Ucrânia

O chefe de segurança da Elisa, Jaakko Wallenius, declarou à agência de notícias AFP que os indícios conectando o Eagle S ao local da sabotagem são "convincentes". Segundo Wallenius, uma âncora pode ter sido a força externa que rasgou os cabos.

O Estlink 2, o cabo de energia danificado em 25 de dezembro, ainda não foi reparado. A operadora finlandesa Fingrid e a Elering, da Estônia, preveem que os trabalhos levarão vários meses.

gq/av (DW, AFP, Reuters)