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Brasil tem 45 mil casos e 1.254 mortes em 24 horas

7 de julho de 2020

No dia em que Bolsonaro afirmou ter contraído coronavírus, país atinge a marca de 1.668.589 infectados e 66.741 mortos em decorrência da doença, segundo dados do governo. Quase 977 mil pacientes se recuperaram.

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Funcionário em trator cava vala em cemitério em São Paulo
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírusFoto: picture-alliance/dpa/L. Zarbietti

O Brasil registrou 45.305 novos casos confirmados de covid-19 e 1.254 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta terça-feira (07/07).

O balanço diário eleva o total de infecções para 1.668.589. Um dos contaminados é o presidente Jair Bolsonaro, cujo resultado positivo do teste de coronavírus foi divulgado pelo próprio chefe de Estado nesta terça-feira.

O país soma ainda o trágico número de 66.741 óbitos causados pelo Sars-Cov-2. Ao todo, 976.977 pacientes se recuperaram da doença, segundo o Ministério da Saúde.

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país alertam que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

A cifra alta de novas infecções em 24 horas, acima de 45 mil nesta terça-feira, não é a mais grave já registrada no país. Em 19 de junho, o Brasil bateu o recorde de 54.771 casos confirmados em apenas um dia. Mais recentemente, em 2 de julho, foram 48.105 ocorrências em 24 horas.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 332.708 casos e 16.475 mortes. O número de infectados no território paulista supera até mesmo os registrados em países europeus como Reino Unido, Espanha e Itália, duramente atingidos pela crise de covid-19.

O Ceará é o segundo estado brasileiro em número de casos, somando 124.952, e o terceiro em número de mortos, com 6.556 vítimas. Já o Rio de Janeiro tem 124.086 infecções e 10.881 óbitos, o que o coloca atrás de São Paulo como o segundo estado com mais mortes.

Segundo o Ministério da Saúde e o Conass, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 31,8 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (3,39) e o Uruguai (0,81), considerados exemplos no combate à pandemia.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas pela crise de saúde, como o Reino Unido (66,64) e a Bélgica (85,54), ainda aparecem bem à frente. Esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam quase 3 milhões de casos e mais de 130 mil óbitos.

EK/ots

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