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Brasil supera 140 mil mortes por covid-19

26 de setembro de 2020

País registra 729 óbitos e 31.911 casos em 24 horas e passa a somar 140.537 vítimas do coronavírus. Governo avança adesão a programa mundial que garante acesso a futuras vacinas.

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Brasil é o segundo país com mais óbitos e o terceiro com maior número de casos em todo o mundo
Brasil é o segundo país com mais óbitos e o terceiro com maior número de casos em todo o mundoFoto: Andre Coelho/Getty Images

O Brasil superou a marca de 140 mil mortes em razão da pandemia de covid-19 e permanece como o segundo país com mais óbitos e o terceiro com maior número de casos em todo o mundo.

Nesta sexta-feira (25/09), foram oficialmente registradas no Brasil 729 mortes ligadas ao novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde.

Com o novo balanço, o total de óbitos pela doença chega a 140.537. O país ainda reportou mais 31.911 casos de coronavírus, elevando o total de infectados para 4.689.613. Ao todo, 4.040.949 pessoas se recuperaram da doença, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 4.689.613 casos e 34.877 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, que superaram nesta sexta-feira a marca de 7 milhões de infecções, Índia (5,8 milhões) e Rússia (1,13 milhão).

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 303.058, seguida de Minas Gerais (283.479), Rio de Janeiro (259.488), Ceará (237.147) e Pará (225.542).

Já em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 18.166 óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.891), Pernambuco (8.129), Minas Gerais (7.056), Bahia (6.503) e Pará (6.427).

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil subiu para 66.9, uma das mais altas do mundo. A cifra fica bem acima da registrada em países vizinhos como Argentina (33,19) e Uruguai (1,36), e também supera a dos EUA (61,71), nação mais atingida pela pandemia no planeta, e a do Reino Unido (63,09), país europeu com mais mortes.

Em números absolutos, o Brasil é o terceiro país do mundo com mais infecções, atrás apenas dos Estados Unidos, que nesta quarta-feira somavam 6,9 milhões de casos, e da Índia, com 5,8 milhões. O país é o segundo em número de mortos, depois dos EUA, que na terça-feira superaram a marca trágica de 200 mil vidas perdidas – já são agora 203 mil óbitos no país.

A Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da pandemia e depois flexibilizou as restrições, é a terceira nação com mais mortos, somando mais de 92 mil.

Ao todo, o mundo já registrou mais de 32,3 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus e se aproxima de 1 milhão de mortes ligadas à doença, ao acumular 984 mil óbitos, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

Nesta quarta-feira, o governo federal editou duas medidas provisórias para garantir a adesão do Brasil ao programa Covax Facility, que reúne em torno de 170 países que garantiram acesso ao "maior portfólio mundial de vacinas", segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O programa, que acompanha o desenvolvimento de nove possíveis vacinas, visa garantir os investimentos globais em pesquisa, produção e distribuição equitativa dos imunizantes contra o coronavírus Sars-Cov-2. Uma vez comprovada a eficácia de uma dessas vacinas, os países que aderiram ao programa receberão doses em quantidades que devem cobrir ao menos 20% de suas populações.

Uma das nove vacinas incluídas no Covax Facility é a que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, sobre a qual o Brasil já tem acordo firmado para a aquisição de 100 milhões de doses.

De acordo com a OMS, o programa deve beneficiar mais de 90 países em dificuldades econômicas ou que possuem sistemas de saúde com recursos limitados.

RC/ots