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Brasil supera 3,5 milhões de casos de covid-19

21 de agosto de 2020

País registra mais de 45 mil infecções e 1.204 mortes pelo novo coronavírus em 24 horas, segundo autoridades de saúde. Total de óbitos chega a 112 mil. No Rio de Janeiro, mortes passam de 15 mil.

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Pessoas de máscara andam em rua em Florianópolis
Foto: AFP/E. Valente

O Brasil registrou 45.323 casos confirmados de covid-19 e 1.204 mortes ligadas à doença em 24 horas, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20/08) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde.

O balanço eleva o total de infecções para 3.501.975, enquanto o total de óbitos chega a 112.304. Ao todo, 2.653.407 pessoas se recuperaram da doença, e 736.264 estão em acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de recuperados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 730.828 casos e 27.905 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em quase todos os países do mundo, exceto Estados Unidos, Índia e Rússia.

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 228.596, mas fica atrás de São Paulo, Rio de Janeiro (15.074 mortes), Ceará (8.245), Pernambuco (7.303) e Pará (6.027) em número de mortos, com 4.685 vidas perdidas para a doença.

O Rio é atualmente o terceiro em número de infecções, com 205.916 casos, seguido do Ceará, que tem 202.422 infectados. O Pará vem em quinto, com 184.253.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 53,4 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (14,23) e o Uruguai (1,16), considerados exemplos no combate à pandemia.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,39) e a Bélgica (87,28), ainda aparecem bem à frente. Mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos antes do Brasil, e o número de óbitos diários está atualmente na faixa das dezenas, com o pico tendo sido registrado em abril e maio.

O ritmo de transmissão da covid-19, por sua vez, está em desaceleração no Brasil pela primeira vez desde abril. A taxa de contágio no país é atualmente de 0,98, segundo dados do Imperial College de Londres. O índice mostra para quantas pessoas um paciente contaminado transmite o vírus.

No último fim de semana, o Brasil completou três meses sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério.

Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram mais de 95 mil novos óbitos e mais de 3 milhões de casos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.

Sob a intervenção pessoal do presidente Jair Bolsonaro e do Exército, a pasta também tentou esconder os números da epidemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que já acumulam mais de 5,5 milhões de casos e mais de 174 mil óbitos. A Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da pandemia, agora é o terceiro país mais afetado, com 2,8 milhões de casos e 53 mil mortos.

Ao todo, mais de 22,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus em todo o planeta, enquanto mais de 790 mil morreram em decorrência da doença, segundo contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins.

EK/ots

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