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Brasil concede visto humanitário a ucranianos

4 de março de 2022

Governo federal publica portaria que oficializa a concessão de visto de seis meses aos que fogem da guerra na Ucrânia. Também é possível solicitar acolhida humanitária, com validade de dois anos.

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Refugiados ucranianos em ônibus com destino à Alemanha
Refugiados ucranianos em ônibus com destino à AlemanhaFoto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance

O governo federal publicou uma portaria nesta quinta-feira (03/03) que garante a concessão de visto humanitário para cidadãos ucranianos afetados pela guerra travada pela Rússia. O visto é temporário e tem validade de seis meses.

A portaria é assinada pelos ministros da Justiça, Anderson Torres, e das Relações Exteriores, Carlos França, e já havia sido antecipada pelo presidente Jair Bolsonaro na última segunda-feira.

Segundo o documento, a solicitação do visto depende da apresentação de documento de viagem válido, formulário de solicitação de visto preenchido, comprovante de meio de transporte de entrada no território brasileiro e atestado de antecedentes criminais. Esse último deverá ser expedido na Ucrânia. Se não for possível, deve ser feita uma declaração de ausência de antecedentes criminais.

Caso um cidadão ucraniano já esteja no Brasil, independente da guerra em seu país natal, e queira pedir autorização de residência para acolhida humanitária, poderá fazê-lo junto à Polícia Federal. Nesse caso, o prazo de residência previsto é de dois anos.

O Brasil já garante visto humanitário para cidadãos sírios, haitianos e afegãos que fogem do Talibã.

A guerra Rússia-Ucrânia dura oito dias, enquanto as tropas russas continuam avançando em território ucraniano, em direção à capital, Kiev. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (Acnur), mais de 1 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia desde a invasão russa na semana passada, o equivalente a 2% da população.

Segundo as Nações Unidas, essa é uma crise sem precedentes neste século. O organismo internacional estima que outros 4 milhões de ucranianos ainda podem deixar o país.

ek (Agência Brasil, ots)