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PolíticaIndonésia

Brasil anuncia adesão da Indonésia ao Brics

7 de janeiro de 2025

Com a quarta maior população do mundo, Indonésia é o décimo país aceito no bloco, cuja adesão é disputada por nações como Turquia, Azerbaijão e Malásia.

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Vista aérea de Jacarta, capital da Indonésia
Indonésia esperou de agosto de 2023 até a formação de seu novo governo para aderir formalmente ao BricsFoto: Xu Qin/Xinhua/picture alliance

A Indonésia se tornou o décimo membro pleno do Brics nesta segunda-feira (06/01). O anúncio foi feito pelo governo brasileiro, que é um dos membros fundadores do bloco que reúne economias emergentes, e detentor da  presidência rotativa para 2025.

"O governo brasileiro acolhe a entrada da Indonésia no Brics", disse o ministério das Relações Exteriores em comunicado. "Detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global."

De acordo com o ministério, a candidatura da Indonésia recebeu o endosso dos membros plenos do Brics em agosto de 2023. No entanto, a nação, quarta mais populosa do mundo, optou por adiar sua adesão formal ao bloco até a formação de seu novo governo eleito.

Vaga disputada

O Brics recebeu o nome de seus membros fundadores em 2009: Brasil, Rússia, Índia e China, além da África do Sul, que se juntou no ano seguinte. Em 2024, a aliança se expandiu para incluir Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. O bloco foi concebido como um contraponto ao G7, grupo das economias desenvolvidas composto pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão.

Antes da adesão da Indonésia, o Brics representava 46% da população mundial e 35% do Produto Interno Bruto (PIB) global. A Arábia Saudita foi convidada a ingressar, mas ainda não concluiu a adesão, enquanto Turquia, Azerbaijão e Malásia apresentaram candidaturas formais. Na cúpula de 2023, a Argentina também foi convidada a participar, porém o novo governo de Javier Milei declinou da oferta.

Na mais recente cúpula do bloco, em Kazan, Rússia, em outubro de 2024, os Estados-membros discutiram o fortalecimento das moedas locais e o aumento das transações em moeda diferente do dólar, atraindo críticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que ameaçou os países do Brics com "tarifas de 100%".

Na ocasião, 13 paísesforam convidados a aderirem sob uma nova categoria, de Estados parceiros. A Venezuela pressionou por um espaço na lista, mas teve sua indicação vetada pelo Itamaraty.

A próxima cúpula do Brics está marcada para , em julho de 2025, no Rio de Janeiro.

gq/av (DW,AP, AFP, Reuters)