Johnson e FA criticam insultos racistas a jogadores ingleses
12 de julho de 2021
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a Associação Inglesa de Futebol (FA) condenaram os comentários racistas nas redes sociais que visam três jogadores da seleção da Inglaterra após a derrota nos pênaltis para a Itália, na final da Eurocopa.
Os três atletas visados, Jadon Sancho, Marcus Rashford e Bukayo Saka, não marcaram ao cobrarem seus pênaltis na decisão, que foi vencida pela Itália por 3 a 2, após o empate em 1 a 1 durante os 120 minutos em Wembley.
Os jogadores da equipe inglesa merecem ser tratados como heróis e não serem vítimas de insultos racistas nas redes sociais, afirmou Johnson. "Os responsáveis por esse terrível abuso deveriam se envergonhar", acrescentou.
A Federação Inglesa de Futebol se declarou chocada e enojada com os comentários racistas e afirmou que os jogadores da seleção "deram tudo de si".
"Afirmamos, nos termos mais claros possíveis, que qualquer pessoa por trás de um comportamento tão repugnante não é bem-vinda entre os torcedores desta equipe", afirmou a FA.
O príncipe William, que é presidente da FA, disse ser inaceitável que os jogadores tenham que suportar esse tipo de comportamento.
A polícia de Londres disse estar investigando as publicações insultosas e racistas nas redes sociais.
Racismo no futebol
O futebol inglês sofre há vários meses com ataques racistas online, que visam jogadores após derrotas ou desempenhos decepcionantes. Em maio, a FA apelou ao governo britânico para que legislasse logo para forçar as redes sociais a tomarem medidas contra esses insultos.
Durante a Euro, jogadores da seleção inglesa ficaram de joelhos, antes dos jogos, para protestar contra o racismo, repetindo um gesto que já se tornou comum no esporte.
Com a derrota, a Inglaterra não conquistou seu primeiro título europeu nem conseguiu quebrar o jejum de títulos, que já dura desde a conquista da Copa do Mundo de 1966.
as (Lusa, OTS)