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Liberdade de imprensaUcrânia

Bombardeio russo fere equipe de TV alemã na Ucrânia

31 de dezembro de 2023

Dupla estava em um hotel em Kharkiv comumente usado pela imprensa internacional como ponto de apoio. Kremlin já visou jornalistas no passado.

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O hotel Kharkiv Palace, uma torre de aproximadamente 15 andares, com o terço superior quase inteiramente danificado por um bombardeio russo.
O hotel Kharkiv Palace, bombardeado por tropas russas, é um ponto de apoio comumente usado por jornalistas interncionais que cobrem a guerra na Ucrânia.Foto: Vitalii Hnidyi/REUTERS

Dois colaboradores da emissora pública de TV alemã ZDF foram feridos em um bombardeio russo na noite deste sábado (30/12) a um hotel na cidade ucraniana de Kharkiv, no leste do país. A dupla, uma tradutora – esta em condições graves – e um segurança, integrava uma equipe de cinco profissionais que trabalhavam no Kharkiv Palace. 

Segundo o Ministério de Defesa ucraniano, um jornalista britânico também teria sido ferido.

Em um comunicado sobre o episódio, a ZDF afirma que o Kharkiv Palace é um hotel usado principalmente por jornalistas porque dispõe de um bunker. Já o Ministério de Defesa russo alega ter alvejado representantes das forças armadas ucranianas e do serviço secreto envolvidos em um bombardeio mais cedo, naquele mesmo dia, à cidade russa de Belgorod.

O ataque a Belgorod, um dos mais intensos sofridos pela Rússia desde o início da invasão em larga escala da Ucrânia, em 2022, foi classificado pelo Kremlin de "terrorismo deliberado" – isso apesar de, um dia antes, tropas russas terem capitaneado uma ação mais letal que resultou na morte de dezenas de civis.

Não é a primeira vez que o Kremlin investe contra jornalistas na Ucrânia. Desde o início da invasão russa, outros hotéis que hospedavam jornalistas e trabalhadores de organizações não internacionais também também foram atacados.

Chefe de redação da ZDF, Bettina Schausten falou em "mais um ataque da Rússia à imprensa livre" e assegurou que a emissora continuará a cobrir a guerra.

17 jornalistas mortos em menos de dois anos

Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, 17 jornalistas foram mortos no conflito, segundo o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ). A lista, apesar de extensa, representa um quarto dos profissionais de imprensa mortos em menos de três meses da guerra Israel-Hamas, com 68 vítimas – segundo a contagem mais atualizada do CPJ, de 23 de dezembro.

ra (epd, ots)