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Bancos criticam coordenação econômica na zona do euro

(am)28 de fevereiro de 2002

A Associação Federal dos Bancos Alemães criticou a coordenação da política econômica entre os países integrantes da união monetária européia.

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Frankfurt é a sede financeira e bancária da AlemanhaFoto: AP

O gerente-executivo da Associação Federal dos Bancos Alemães, Manfred Weber, afirmou em Berlim que a introdução do euro é "um marco importante no caminho da integração européia". Mas citou enormes deficiências na coordenação das políticas econômicas entre os países da chamada zona do euro. A falta de um dinamismo próprio na Europa na atual fase de baixa conjuntura revela uma necessidade urgente de medidas de recuperação da economia, afirmou Weber.

Na política econômica, a zona do euro não se apresenta como um bloco unitário. Isto prejudica o desenvolvimento interno e o posicionamento internacional. Segundo o porta-voz da Associação Federal dos Bancos Alemães, "os governos dos países integrantes do euro estão conclamados a iniciar amplas reformas estruturais a nível nacional, a melhorar a coordenação da política econômica na Europa e a concretizar o mercado interno".

Déficit orçamentário alemão

Manfred Weber afirmou que a discussão em torno do déficit orçamentário alemão deixou clara a importância de melhor coordenação no setor da política financeira. Sob as condições de uma moeda única, as políticas orçamentárias nacionais têm de levar mais em conta o contexto europeu e aperfeiçoar os mecanismos do pacto de estabilidade. Apesar de existirem inúmeros processos de coordenação em alguns setores da política econômica, até agora não se logrou nenhum progresso concreto, criticou o gerente-executivo da Associação Federal dos Bancos Alemães. A União Européia não logrou avanços decisivos, especialmente no que se refere à liberalização e desregulamentação, afirmou Weber.

Ele advertiu que as reivindicações de uma estreita coordenação das políticas econômicas permanecerão sem efeito, enquanto os governos derem prioridade às suas questões nacionais em detrimento da criação de estruturas fomentadoras da economia dentro do mercado comum europeu. Weber refutou, contudo, uma coordenação mais forte entre o Banco Central Europeu e os ministros das Finanças. A seu ver, isto constituiria uma ameaça à autonomia do BCE.