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Banco do Brasil em Frankfurt pronto para chegada do euro

Roselaine Wandscheer9 de dezembro de 2001

Introdução da nova moeda européia já está sendo preparada pela agência desde 1999. Gerente lamenta falta de interesse dos brasileiros pela nova moeda, tanto na Alemanha como no Brasil.

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Poucas empresas e brasileiros procuraram informações junto ao Banco do Brasil na Alemanha sobre as mudanças que implicará a nova moeda européia a partir de janeiro. Muito poucos, afirma, decepcionado, o gerente da única agência do banco na Alemanha, Joeci Pioner.

A agência do Banco do Brasil em Frankfurt não trabalha com dinheiro vivo e não tem caixas, limitando-se a intermediar transações e financiamentos apenas no papel. Mesmo assim, desde 1999, seus funcionários vêm se preparando para as alterações para quando o euro passar a ser moeda circulante em 12 países, a partir de janeiro.

O desinteresse da América Latina pela nova moeda comum européia deve-se, segundo Pioner, à grande influência da economia norte-americana no subcontinente e às sucessivas mudanças da moeda na recente história brasileira.

"Estávamos preparados para atender a uma demanda bem maior de informações. O interesse começou a ser demonstrado apenas a partir de agosto último", explica o gerente do Banco do Brasil em Frankfurt.

Ele lamenta também o que chama de "desatenção" do Banco Central do Brasil com as mudanças que poderão haver com a nova moeda. "Só recentemente começaram a nos chegar as primeiras indagações", observa Pioner.

Euro já está no Brasil

– O Banco Central do Brasil já foi abastecido com as cédulas e moedas do euro e as agências das capitais deverão dispor da nova moeda a partir de janeiro. Pioner está otimista com a nova unidade monetária: "Apostamos tudo no euro, basta observar os indicadores de médio e longo prazo, eles dão de 20 a zero na economia americana."

Entre as vantagens da moeda comum para o comércio exterior, está a redução dos custos das transações. Já os turistas não precisarão mais fazer câmbio ao atravessar as fronteiras de países da região, não pagarão comissões nem precisarão mais procurar as melhores taxas de conversão. A moeda única também facilitará a comparação de preços, aumentando a concorrência.

As notas de marco, lira, escudo e assim por diante, podem ser trocadas no comércio até o final de fevereiro. Depois, só nos bancos, por tempo indeterminado. Quem tem moedas européias em casa deve tentar trocá-las na próxima viagem ou em algum banco que tenha agências num dos países da Zona do Euro. Joeci Pioner, por exemplo, conta que recebe muitas notas de marcos através do malote do Banco do Brasil.

Os 12 países que integram a União Monetária Européia são Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal e Grécia.