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CatástrofeEstados Unidos

Avião levando 64 colide no ar com helicóptero em Washington

30 de janeiro de 2025

Voo da American Eagle, com 64 pessoas a bordo, caiu no rio Potomac depois da colisão com o aeronave militar Black Hawk, que levava três soldados. Presidente Trump confirmou que não houve sobreviventes

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Carros de equipe de emergência na beira do rio Potomac
Aeronave comercial se aproximava do aeroporto quando o ocorreu o acidente Foto: Al Drago/AFP/Getty Images

Um avião de passageiros com 64 pessoas a bordo, colidiu no ar nesta quarta-feira (29/01) com um helicóptero militar em Washington, nos Estados Unidos. A aeronave comercial caiu rio Potomac depois da colisão.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que não houve sobreviventes.

O voo 5342 da American Eagle, uma subsidiária regional da American Airlines, estava se aproximando do Aeroporto Ronald Reagan em Washington, vindo de Wichita, Kansas, quando às 20h48 (horário local), colidiu com um helicóptero militar Black Hawk com três soldados a bordo, que fazia um exercício de treinamento noturno.

Segundo informou a empresa American Airlines, o avião Bombardier levava 60 passageiros e quatro tripulantes. O Departamento de Defesa dos EUA descreveu a colisão como um acidente.

A fuselagem do avião foi encontrada de cabeça para baixo dividida em três seções. Os destroços do helicóptero também foram encontrados. 

Membros de um clube de patinação artística de Boston estavam no avião, incluindo dois jovens atletas, dois de seus pais, além de uma dupla russa que já foi campeã mundial da modalidade.

Condições complicadas

As autoridades responsáveis pelo resgate admitiram que a operação de resgate acontece em condições complicadas devido ao frio e que se estenderá durante a manhã desta quinta-feira e enquanto for necessário.

"É uma operação muito complexa. As condições são extremamente difíceis para os socorristas. Está frio, e eles estão lidando com condições relativamente ventosas. O vento está forte no rio", afirmou em coletiva de imprensa John Donnelly, chefe do Serviço de Emergência de Washington. "Reavaliaremos onde estamos com a operação de resgate pela manhã, quando tivermos uma noção melhor."

Barco entre destroços no rio Potomac
Avião e helicóptero caíram no rio Potomac Foto: Julio Cortez/AP/dpa/picture alliance

A prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou que as duas aeronaves caíram no rio Potomac, em cujas margens foi mobilizada uma grande força, com cerca de 300 unidades de emergência com caminhões de bombeiros, viaturas policiais e ambulâncias, além de barcos de resgate e unidades de mergulhadores.

"Lamentamos profundamente que as famílias estejam sofrendo perdas. Queremos que saibam que continuaremos trabalhando com a American Airlines para compartilhar informações com a maior frequência possível e garantir que tenhamos informações precisas", disse Bowser.

O presidente e CEO dos aeroportos metropolitanos de Washington, Jack Potter, enfatizou na mesma coletiva que os esforços estão focados no resgate.  "No momento, estamos em modo de resgate e continuaremos nesse modo", disse, ressaltando que esse esforço continuará por "muitas horas".

"Faíscas" no avião

A temperatura externa quando o acidente ocorreu era de cerca de 4 ºC, de maneira que a chance de sobrevivência na água seria de cerca de 20 minutos. O céu em Washington na noite de quarta-feira estava completamente limpo e não havia ventos fortes, e a maior parte da equipe de resgate estava operando na base militar de Anacostia-Bolling.

O secretário de Transportes, Sean Duffy, que está no cargo há apenas um dia, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, ofereceu "total apoio" e anunciou que a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) está agora conduzindo uma investigação. As buscas no rio Potomac envolvem a Autoridade Federal de Aviação (FAA) , as Forças Armadas e a Guarda Costeira.

A testemunha Ari Schulmann afirmou que estava dirigindo para casa quando viu o que descreveu com uma "correnteza de faíscas" no céu. "Vi o avião e parecia bem, normal. Estava prestes a pousar. Três segundos depois, ele estava inclinado para a direita. Eu podia ver a parte de baixo dele, estava iluminado com um amarelo bem brilhante, e havia uma correnteza de faíscas embaixo dele", contou à CNN.

Trump culpa políticas diversidade

Trump acusou a ênfase dada à diversidade na contratação dos funcionários na FAA de ter prejudicado a segurança aérea, e afirmou que seus antecessores democratas Joe Biden e Barack Obama deixaram de lado profissionais competentes da agência para priorizar políticas de diversidade equidade e inclusão (DEI).

Sem apresentar provas, o presidente sugeriu que tais esforços tornaram as viagens aéreas menos seguras.

"A FAA está recrutando ativamente trabalhadores que sofrem de graves deficiências intelectuais, problemas psiquiátricos e outras condições mentais e físicas sob uma iniciativa de contratação de diversidade e inclusão descrita no website da agência", disse Trump, observando que o programa permitia a contratação de pessoas com problemas de audição e visão, bem como paralisia, epilepsia e "nanismo".

"Eu coloco a segurança em primeiro lugar. Obama, Biden e os democratas colocam suas políticas em primeiro lugar", disse Trump. "Ele até inventaram uma diretiva: 'branco demais'. Nós queremos pessoas que sejam competentes."

cn/md/rc (AFP, EFE, Lusa)