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Atentado na Turquia deixa dezenas de mortos

10 de outubro de 2015

Manifestantes pró-curdos se reuniam em frente à estação central de Ancara quando duas explosões atingiram o local, matando pelo menos 86 pessoas e ferindo quase190. Ataque ocorre a três semanas das eleições.

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Mindestens 30 Tote bei Explosionen in Ankara
Foto: picture-alliance/AA

Pelo menos 86 pessoas morreram neste sábado (10/10) em Ancara, após duas explosões atingirem um grupo de manifestantes pró-curdos em frente à estação central da capital da Turquia. O governo considerou o incidente, a três semanas das eleições nacionais, como um ataque terrorista.

Testemunhas contam que as explosões ocorreram num intervalo de poucos segundos, enquanto uma multidão se reunia para protestar contra o conflito entre as forças de segurança e militantes curdos no sudeste do país. Até o momento, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque que deixou 186 feridos, segundo o Ministério turco da Saúde.

Imagens divulgadas pela emissora CNN mostram jovens dançando de mãos dadas em frente à estação central, quando uma explosão atinge o local, que reunia um grande número de pessoas com faixas e cartazes da legenda pró-curda Partido Democrático dos Povos (HDP) e de grupos esquerdistas. As autoridades investigam alegações de que o atentado teria sido realizado por terroristas suicidas.

O presidente Recep Tayyip Erdogan condenou o atentado, afirmando, em comunicado, que os responsáveis serão levados à Justiça. "Não importa qual seja a fonte", todos os atos terroristas devem ser combatidos, disse, reiterando que "solidariedade e determinação são as respostas mais significativas ao terror".

A Turquia está em alerta desde o início de sua "guerra sincronizada contra o terror", em julho. O país realiza ataques aéreos contra alvos da organização extremista "Estado Islâmico" (EI) na Síria e bases dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no norte do Iraque.

Os ataques ocorrem a três semanas das eleições nacionais convocadas por Erdogan. Seu Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) tenta reconquistar a maioria parlamentar que assegurava desde 2002 até as eleições de junho. O fracasso do AKP foi atribuído, em parte, ao êxito eleitoral do HDP, cujo líder é acusado pelo presidente de associação com o PKK. O partido nega as acusações.

Após o ataque, o PKK convocou seus militantes a cessar as atividades de guerrilha na Turquia. Uma agência de notícias ligada ao grupo afirma que a decisão veio em razão de apelos de dentro e de fora do país, e que os combatentes deverão evitar ações que possam comprometer as eleições, marcadas para o dia 1º de novembro

RC/rtr/dpa