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Ataque a praça e teatro deixa mortos e feridos na Ucrânia

19 de agosto de 2023

Míssil atingiu centro de Chernihiv, deixando sete mortos e 117 feridos. Na Rússia, Putin visitou autoridades militares em Rostov-on-Don, palco de motim do grupo Wagner em junho.

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Socorristas em uma praça, com um teatro ao fundo e destroços no chão
Socorristas em área do centro Chernihiv que foi atacada por míssil russoFoto: VALENTYN OGIRENKO/REUTERS

Um ataque com míssil em uma cidade do norte da Ucrânia matou sete pessoas e feriu outras 117 neste sábado (19/08), enquanto o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, viajava para a Suécia, em sua primeira visita ao país escandinavo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

O prefeito de Chernihiv, Oleksandr Lomako, disse que uma menina de 6 anos estava entre os mortos, e que outras 12 crianças estavam entre os feridos.

Zelenski condenou o ataque, que atingiu um teatro e uma universidade no centro da cidade. "Isso que é ser vizinho de um Estado terrorista, é contra isso que unimos o mundo inteiro. Um míssil russo atingiu bem o centro da cidade, em nossa Chernihiv", escreveu ele no Telegram. "Uma praça, a universidade politécnica, um teatro. Um sábado comum, que a Rússia transformou em um dia de dor e perda."

Apoio sueco à Ucrânia

O governo sueco disse que Zelenki se reunirá com autoridades em Harpsund, a residência oficial de verão do primeiro-ministro, a cerca de 120 quilômetros a oeste de Estocolmo. Ele também se encontrará com o rei da Suécia, Carl 16 Gustaf, e a rainha Silvia em um palácio na região.

A Suécia abandonou sua política de longa data de não alinhamento militar para apoiar a Ucrânia com armas e outras ajudas na guerra contra a Rússia.

O governo sueco já gastou 1,7 bilhão de euros em apoio militar à Ucrânia, incluindo unidades de artilharia Archer, tanques Leopard 2, veículos de combate de infantaria CV-90, lançadores de granadas, armas antitanque, equipamentos de remoção de minas e munição.

Depois do início da guerra, a Suécia também solicitou sua adesão à Otan, mas ainda aguarda a formalização da entrada na aliança militar, que foi atrasada pela resistência da Turquia.

Putin visita região de fronteira

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin visitou as principais autoridades militares na cidade de Rostov-on-Don, perto da fronteira com a Ucrânia.

O Kremlin disse que Putin ouviu os relatos de Valery Gerasimov, o comandante encarregado das operações de Moscou na Ucrânia, e de outros militares de alta patente na sede do Distrito Militar do Sul da Rússia.

Os horários exatos da visita não foram confirmados, mas a mídia estatal publicou um vídeo que parecia ter sido filmado à noite, mostrando Gerasimov cumprimentando Putin e conduzindo-o a um prédio. A reunião em si foi realizada a portas fechadas.

Foi a primeira visita de Putin a Rostov-on-Don desde a tentativa de motim do grupo mercenário Wagner em junho, quando os combatentes do grupo assumiram brevemente o controle da cidade.

Durante a curta revolta de junho, o chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin, fustigou repetidamente Gerasimov, que atua como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, por negar suprimentos aos seus combatentes na Ucrânia.

Prigozhin afirmou que a revolta não tinha como objetivo Putin, mas sim remover Gerasimov e outros oficiais superiores que ele acusou de gerenciar mal a guerra na Ucrânia.

Contraofensiva

Segundo informe sobre o conflito feito pelo Ministério da Defesa do Reino Unido e divulgado neste sábado, as forças ucranianas continuaram manter seu avanço ao longo do curso do rio Mokri Yaly e proteger a aldeia de Urozhaine "em face da forte resistência russa".

Apesar disso, "a maior parte da linha de frente permaneceu estática", disse o ministério em seu último relatório de inteligência, que observou que as forças russas continuaram preparando ataques na área de Kupiansk, no norte. 

"Ambos os lados enfrentam um desafio semelhante: tentar derrotar forças bem entrincheiradas e, ao mesmo tempo, ter forças limitadas para abrir novos ataques", afirmou o informe de inteligência.

O Exército russo, por sua vez, disse no sábado que havia "eliminado" cerca de 150 soldados ucranianos que tentaram atravessar o rio Dnipro para o território ocupado pela Rússia, um dia depois que Moscou admitiu que grupos de "sabotagem" estavam operando ao redor do rio.

"Militares russos eliminaram um destacamento inimigo de cerca de 150 pessoas que estava tentando ganhar uma posição na margem esquerda do rio Dnipro", disse Moscou.

bl (AP, dpa)