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Ataque a igreja no Egito mata nove pessoas

29 de dezembro de 2017

Homem abriu fogo contra loja e igreja no Cairo. Atentado ocorre nas vésperas do Natal dos ortodoxos egípcios, em meio a medidas de segurança reforçadas, após uma série de atentados contra cristãos no país.

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Igreja foi interditada, após atentado contra templo cristão ortodoxo copta
Igreja foi interditada, após atentado contra templo cristão ortodoxo coptaFoto: Reuters/A. A. Dalsh

Pelo menos nove pessoas morreram em um ataque nesta sexta-feira (29/12) contra uma igreja no Egito. Inicialmente, ninguém assumiu a responsabilidade pelo atentado, realizado em um subúrbio do Cairo. De acordo com o Ministério do Interior egípcio, o autor do ataque era um jihadista, procurado por atentados contra a polícia. Ele foi preso.

Um porta-voz do Ministério da Saúde disse inicialmente na televisão local que o homem havia sido morto a tiros. Além disso, foi noticiado que haveria um segundo atirador, que teria sido preso.

No entanto, o Ministério do Interior informou posteriormente haver apenas um autor do ataque, que havia ficado ferido. Quando preso, o homem portava um fuzil de assalto, 150 cartuchos de munição e uma bomba, destinada a ser detonada dentro da igreja.

De acordo com o Ministério do Interior, o suposto jihadista abriu fogo contra uma loja, matando duas pessoas, antes de se seguir, dirigindo uma moto, para a igreja e matar a tiros sete outras pessoas, incluindo um policial. Segundo a polícia, outros cinco policiais ficaram feridos. O homem abriu fogo em frente à igreja de Santa Mina e tentou invadir o prédio.

Nas mídias sociais, vídeos mostram o suposto criminoso. Nas imagens, pessoas amarram um homem barbado, quase inconsciente, vestindo um colete de munição.

Segurança reforçada

O ataque ocorreu em meio ao reforço das medidas de seguranças em torno de igrejas e estabelecimentos cristãos, às vésperas das celebrações do Natal dos cristãos ortodoxos, no dia 7 de janeiro. No Cairo, carros da polícia foram estacionados diante de igrejas e em ruas adjacentes.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, disse na sexta-feira estar determinado a "continuar no caminho de livrar o país do terrorismo e do extremismo".

Nos últimos meses, dezenas de pessoas morreram no Egito em vários ataques às igrejas ortodoxas coptas. No início de abril, 45 pessoas morreram em ataques em Alexandria e em Tanta, ao norte do Cairo. O grupo terrorista "Estado Islâmico” (EI) assumiu a autoria de dois dos ataques. Um mês depois, militantes do EI armados mataram cerca de 30 cristãos a caminho de um mosteiro.

A milícia jihadista do Estado islâmico (IS) declarou guerra aos coptas no Egito. Os extremistas acusam a maior comunidade cristã do Oriente Médio de apoiar a derrubada do presidente islâmico Mohammed Morsi, em 2013. Integram a minoria copta 10% dos 90 milhões de egípcios.

Desde a destituição de Morsi pelos militares egípcios, grupos extremistas também intensificaram seus ataques contra soldados e policiais. Várias centenas de soldados e policiais já foram mortos. Particularmente perigosa é a situação na península do Sinai, no nordeste do Egito.

MD/efe/ap/afp

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