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Principais notícias sobre a pandemia de coronavírus (01/05)

1 de maio de 2020

Brasil tem quase 92 mil casos. Bolsonaro afirma que pode ter contraído covid-19 sem apresentar sintomas. Mais de 1 milhão de pacientes se recuperaram no mundo. Província de Hubei reduz nível de resposta ao coronavírus.

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Mulher de máscara em Wuhan
Província de Hubei reduziu o nível de sua resposta ao coronavírusFoto: Getty Images/AFP/Str.

Resumo desta sexta-feira (01/05):

  • Mundo tem mais de 3,3 milhões de casos confirmados e 238 mil mortes; mais de 1 milhão se recuperaram
  • Brasil tem 91.589 casos e 6.329 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • OMS confirma origem natural do coronavírus
  • Bolsonaro afirma que pode ter contraído covid-19 sem apresentar sintomas
  • Pequim reabre parques e atrações turísticas
  • Japão estende estado de emergência por mais um mês
  • Índia prolonga quarentena obrigatória

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

17:00 – OMS defende procedimento na pandemia, desmente Trump

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu com como "bem oportuna" a declaração de emergência de saúde internacional de covid-19 em 30 de janeiro.

O comunicado teria sido feito de forma a dar "suficiente tempo para o resto do mundo reagir" à propagação do coronavírus, pois só havia, fora da China, 82 casos e nenhuma morte, afirmou o profissional de saúde etíope.

O diretor de emergências da OMS, Mike Ryan, reiterou estar seguro de que "o vírus é de origem natural", tendo "escutado repetidamente" numerosos cientistas que examinaram as sequências genéticas do Sars-cov-2. Assim, desmentiu as alegações de Trump, na véspera, de que a origem do surto global seria o Instituto de Virologia de Wuhan, na China.

Leia a reportagem completa

15:00 – Cai número de hospitalizados na França

O total de pacientes de covid-19 hospitalizados na França caiu nesta sexta-feira para 25.887, de 26.283 na véspera. Os mantidos em tratamento intensivo igualmente diminuíram, de 4.019 para 3.878. Ambas as cifras têm acusado tendência descendente no país, nas últimas duas semanas.

O número de mortos chegou a 24.594, com um acréscimo de 218 nas últimas 24 horas. Isso equivale a uma taxa de 0,9%, inferior à registrada no período anterior.

13:15 – Dia do Trabalhador põe Lula e FHC no mesmo "palanque"

A celebração do Dia do Trabalhador, nesta sexta-feira, organizada de forma conjunta por centrais sindicais do país, será um termômetro da tentativa de unir forças políticas variadas contra o governo de Jair Bolsonaro. Devido à pandemia de covid-19, os discursos e shows estão sendo transmitidos pela internet, e estarão no mesmo palco virtual adversários de longa data, como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso.

É a primeira vez que Lula e FHC dividirão o mesmo "palanque" desde o segundo turno da eleição presidencial de 1989, quando o tucano apoiou o petista contra Fernando Collor, que acabou vencendo, segundo o jornalista Ricardo Kotscho, secretário de Imprensa do governo federal nos dois primeiros anos da gestão Lula.

Leia a reportagem completa

13:00 – Berlim desloca milhares de policiais para interromper protestos de 1º de maio

Em meio à pandemia de coronavírus, o mundo está celebrando o Dia do Trabalho de uma forma diferente. Na Alemanha, o 1º de maio é normalmente marcado por grandes protestos e ruas aglomeradas. Neste ano, os atos e comícios foram cancelados e substituídos por transmissões online.

O governo alemão autorizou apenas cerca de 20 pequenas manifestações em Berlim, com no máximo 20 participantes cada uma. A participação em qualquer ato não autorizado é uma ofensa criminal, alertou o secretário do Interior de Berlim, Andreas Geisel.

As autoridades da capital deslocaram 5 mil policiais para interromper qualquer protesto ou evento não autorizado que viole as regras de distanciamento social.

12:30 – Gostaria que todos voltassem ao trabalho, diz Bolsonaro no 1º de maio

No Dia do Trabalhador, comemorado nesta sexta-feira (1º/05), o presidente Jair Bolsonaro disse que gostaria que todos os brasileiros voltassem ao trabalho. "Eu tenho certeza que, Deus acima de tudo, brevemente voltaremos à normalidade. Eu gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu. São os governadores e prefeitos", afirmou.

A declaração foi feita a cerca de 20 agricultores que estiveram com o presidente na manhã desta sexta-feira no Palácio da Alvorada. O encontro foi transmitido em uma live em rede social pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Bolsonaro recepcionou o grupo na portaria da residência oficial e seguiu com eles para o interior do prédio, segundo informou a Agência Brasil.

Desde o início da crise do coronavírus no país, Bolsonaro vem minimizando a doença e defendendo o fim das medidas de distanciamento social promovidas por governos regionais, gerando conflitos com governadores e prefeitos. Na quinta-feira, o presidente afirmou que as medidas de contenção implementadas pelos estados não foram capazes de achatar a curva de infecção. 

"Até porque, repetindo: 70% da população vai ser infectada. E, pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo empenho para achatar a curva praticamente foi inútil. Agora, a consequência disso? O efeito colateral disso? O desemprego", disse ele em sua live semanal.

A declaração contraria cientistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o distanciamento social como uma das principais medidas para combater a propagação do coronavírus. Bolsonaro não apresentou dados que comprovem que o isolamento não trouxe benefícios, enquanto especialistas estimam que, sem medidas de contenção, o número de mortos seria ainda maior.

12:00 – Com 1,3 bilhão de habitantes, Índia prolonga quarentena obrigatória

A Índia decidiu prolongar a quarentena em seu território por mais duas semanas a partir de 4 de maio, quando expiraria a medida anterior. O governo disse, porém, que as restrições serão aliviadas em algumas áreas, graças a "ganhos significativos na situação da covid-19". Desde 25 de março, cerca de 1,3 bilhão de pessoas estão confinadas na Índia, o que faz desta a maior quarentena do mundo.

De acordo com as novas medidas, o governo dividiu o país em três zonas: zonas vermelhas – com "risco significativo de propagação da infecção" – e zonas laranjas continuarão a ter rastreamento de contatos, vigilâncias de casa em casa e proibição de saída, a não ser para compras essenciais ou tratamento médico; zonas verdes – sem nenhum caso confirmado nos últimos 21 dias – terão "relaxamentos consideráveis", informou um comunicado do Ministério do Interior.

As viagens aéreas, ferroviárias, metroviárias e rodoviárias interestaduais continuarão proibidas. A Índia soma mais de 35 mil casos de coronavírus, com 1.154 mortes.

Nova Délhi, na Índia
Foto: Reuters/A. Abidi

11:20 – Província de Hubei reduz nível da resposta ao coronavírus

A província chinesa de Hubei, onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez em dezembro de 2019, vai reduzir seu nível de emergência de resposta à doença a partir de sábado, informou a agência de notícias estatal Xinhua nesta sexta-feira, citando um funcionário local.

Atualmente no nível mais alto da escala, a resposta à pandemia cairá para o segundo nível mais alto. Hubei se tornará, assim, a última província chinesa a reduzir seu nível de emergência. A província central teve 67.803 casos confirmados do vírus, com mais de 3 mil mortes.

As autoridades de saúde chinesas relataram apenas 12 novos casos de covid-19 em todo o país nesta sexta-feira, seis dos quais foram importados de outros países. Na quinta-feira, Hubei completou 27 dias sem registrar novos casos de infecção.

10:10 – Japão estende estado de emergência por mais um mês

O Japão está se preparando para uma extensão de um mês no estado de emergência em vigor no país em meio à pandemia de coronavírus, disse o primeiro-ministro Shinzo Abe nesta sexta-feira.

Em 7 de abril, Abe declarou estado de emergência por um mês em sete regiões japonesas, para logo depois estendê-lo para todo o país. A medida, portanto, expiraria na próxima semana.

"Após receber um relatório do painel de especialistas, pedi ao ministro [Yasutoshi] Nishimura [responsável por lidar com a pandemia] que usasse a extensão da atual estrutura do estado de emergência em um mês como cenário base para esboçar rapidamente planos que atendam às necessidades das regiões", disse o premiê, segundo a agência de notícias AFP.

Uma extensão do estado de emergência já era esperada, apesar da escala relativamente pequena do surto no Japão, com quase 14.300 infecções confirmadas e 432 mortes até agora.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe
Foto: Imago Images/Kyodo

09:15 – Bolsonaro diz que medidas de isolamento foram inúteis contra coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as medidas de isolamento social implementadas pelos estados para conter a pandemia de coronavírus não foram capazes de achatar a curva de infecção. 

"Até porque, repetindo: 70% da população vai ser infectada. E, pelo que parece, pelo que estamos vendo agora, todo empenho para achatar a curva praticamente foi inútil. Agora, a consequência disso? O efeito colateral disso? O desemprego", disse ele em sua live semanal, na quinta-feira.

A declaração contraria cientistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda o distanciamento social como uma das principais medidas para combater a propagação do coronavírus. Bolsonaro não apresentou dados que comprovem que o isolamento não trouxe benefícios, enquanto especialistas estimam que, sem medidas de contenção, o número de mortos seria ainda maior.

08:35 – Pequim reabre parques e atrações turísticas

A China reabriu vários parques públicos e museus em sua capital, Pequim. Entre os locais que já podem ser novamente visitados está a Cidade Proibida, palácio que abrigou imperadores chineses e agora é uma famosa atração turística. Apenas 5 mil visitantes serão admitidos diariamente por enquanto, em comparação com os 80 mil que visitavam o local todos os dias antes da pandemia.

Os parques, por sua vez, têm permissão para receber apenas 30% do seu número habitual de visitantes. A mudança ocorre no início de um feriado de cinco dias a partir deste 1º de maio.

Visitantes fazem selfie com Cidade Proibida ao fundo, em Pequim, na China
Cidade Proibida foi uma das atrações a reabrir nesta sexta-feira, mas com número limitado de visitantesFoto: picture-alliance/dpa/M. Schiefelbein

07:25 – Alemanha tem 1.639 casos e 193 mortes em 24 horas

A Alemanha registrou 1.639 casos confirmados de coronavírus em 24 horas, elevando para 160.758 o total de infecções, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Robert Koch (RKI, na sigla em alemão), órgão público de prevenção e controle de doenças do país. A doença deixou ainda 193 mortos desde quinta-feira, com o total de vítimas chegando agora a 6.481.

O chefe do RKI, Lothar Wieler, alertou que o número de mortos pode ser ainda maior, devido a casos não relatados. Ele também afirmou que a maioria dos cientistas prevê que haverá uma segunda ou terceira onda de covid-19 na Alemanha, e que o vírus "permanecerá em nosso país por meses".

A contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estima um número maior de vítimas do coronavírus no país europeu: 163.009 infectados e 6.623 mortos.

06:30 – Um milhão de pacientes se recuperaram no mundo

Mais de um milhão de pessoas se recuperaram da doença covid-19 em todo o mundo, segundo dados da contagem global mantida pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.

O país com o maior número de casos confirmados e de mortes do mundo é também o que soma mais pacientes recuperados: quase 154 mil pessoas se curaram da doença nos EUA, que somam, porém, mais de 1 milhão de casos confirmados e 63 mil mortes.

A Alemanha vem em seguida em número absoluto de pacientes recuperados, com quase 127 mil, embora registre um número muito menor de contaminados: 163 mil pessoas. A doença deixou ainda 6,6 mil mortos no país.

Ao todo, o mundo soma mais de 3,2 milhões de infecções em mais de 180 países, enquanto 233 mil pessoas morreram em decorrência do vírus.

05:30 – Bolsonaro afirma que pode ter contraído covid-19 sem apresentar sintomas

Pressionado por uma ação na Justiça que exige a entrega dos laudos de seus exames para coronavírus, os quais tem se recusado a revelar, o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que "talvez" tenha contraído a doença covid-19, mas sem apresentar sintomas.

"Eu talvez já tenha pegado esse vírus no passado, talvez, e nem senti", afirmou ele nesta quinta-feira (30/04) em entrevista à rádio Guaíba. A declaração foi feita enquanto ele criticava mais uma vez a atuação da imprensa brasileira em meio à pandemia.

"O general [Augusto] Heleno [ministro do Gabinete de Segurança Institucional] só ficou sabendo que estava com o vírus porque fez o teste. Foi pra casa e fez bicicleta todos os dias, com seus 70 e poucos anos. O que essa parte da imprensa quer? Potencializar o que está acontecendo e tentar jogar no meu colo as mortes das pessoas", argumentou.

Em março, após uma viagem oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos, ao menos 15 integrantes da comitiva presidencial foram diagnosticados com covid-19, inclusive o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten. Bolsonaro foi examinado, mas jamais apresentou os resultados dos testes, afirmando apenas que eles deram negativo.

Na última segunda-feira, a juíza federal Ana Lúcia Petri Betto deu prazo de 48 horas para a apresentação dos "laudos de todos os exames" para coronavírus feitos pelo presidente, afirmando que o cidadão tem o direito de saber do estado de saúde do mandatário.

Nesta quinta-feira, contudo, a Advocacia-Geral da União (AGU) não cumpriu a determinação, apresentando, em vez dos laudos, apenas um relatório médico da coordenação de saúde da Presidência emitido em 18 de março, afirmando que os resultados deram negativo.

Mais tarde, a juíza Petri Betto voltou a determinar que o governo federal apresente os exames. A medida deve ser cumprida em 48 horas, sob pena de multa de 5 mil reais por dia.

Bolsonaro provocou aglomeração em evento militar em Porto Alegre na quinta-feira
Bolsonaro provocou aglomeração em evento militar em Porto Alegre na quinta-feiraFoto: Imago Images/Zuma Wire/F. Alves

Resumo dos principais acontecimentos de quinta-feira (30/04):

  • Brasil tem 435 mortes e 7.218 novos casos em 24 horas
  • Crise do coronavírus deve levar a redução recorde de emissões de CO2
  • Nenhum caso de transmissão local na Coreia do Sul pela primeira vez desde fevereiro
  • Número de desempregados cresce 13,2% na Alemanha
  • PIB da zona do euro tem maior queda trimestral já registrada
  • EUA têm 30 milhões de novos demitidos nas últimas seis semanas
  • Alemanha reabrirá museus, zoológicos, igrejas e áreas de recreação
  • Ministro da Saúde recomenda isolamento social em meio à "franca ascendência" das mortes no Brasil

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