Animais, plantas e instituições levam o nome Humboldt
O nome Alexander von Humboldt aparece nas mais variadas coisas espalhadas pelo planeta. De montanhas, ruas, escolas, lulas a pinguins e flores, o naturalista alemão deixou seu nome em várias partes do mundo.
Universidade em Berlim
Embora o nome original seja Universidade de Berlim, em 1949 a instituição foi rebatizada em Humboldt Universität, para honrar os irmãos Alexander e Wilhelm. Este último fora um de seus fundadores, em 1810. Muitos ganhadores do Prêmio Nobel foram professores na Universidade Humboldt, entre eles Albert Einstein. Em frente ao prédio administrativo, há um monumento de cada um dos irmãos Humboldt.
Pico Humboldt, na Venezuela
Também em Caracas, na Venezuela, há uma Universidade Alejandro de Humboldt, uma escola particular fundada em 1997. O país foi a primeira parada, em 1799, na viagem de Humboldt pelas colônias hispano-americanas. Hoje, o segundo pico mais alto da Venezuela leva seu nome. Ele fica no noroeste do país, perto do Pico Bolívar, que é o mais alto.
Mar de Humboldt, na Lua
O explorador tem seu nome eternizado até na Lua. "Mare Humboldtianum", ou Mar de Humboldt, descreve uma planície na superfície da Lua, com 273 quilômetros de diâmetro. O Mare Smythii (em homenagem ao astrônomo britânico William Henry Smith) é o único outro mar lunar com o nome de uma pessoa.
Pinguim-de-humboldt, no Chile e no Peru
O pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti) não voa e vive na costa do Chile e do Peru, produzindo guano, o famoso excremento vendido como fertilizante natural. A espécie está ameaçada pelas mudanças climáticas, a pesca excessiva e a acidificação dos oceanos. A população mundial é estimada em alguns poucos milhares. Ao todo, estima-se que cerca de 100 animais levam o nome de Humboldt.
Salgueiro de Humboldt, das Américas do Sul e Central
Também cerca de 300 plantas levam o nome do naturalista. Algumas delas foram descobertas pelo próprio Humboldt, como a Salix humboldtiana, o salgueiro-chorão. No entanto, Humboldt era modesto, e, das milhares de espécies que catalogou, deu seu nome a apenas algumas. O nome Humboldt, no entanto, foi dado por muitos de seus fãs científicos.
Parque de sequoias gigantes, na California
Fundado em 1921, o parque Redwoods State, na Califórnia, é hoje a maior floresta remanescente ainda conservada de Sequoia sempervirens (sequoia-vermelha), com algumas das árvores mais altas do mundo. No oeste dos EUA, Humboldt está em toda parte. Nos Estados Unidos, há quatro condados, 13 cidades e ainda um universidade, a Humboldt State Universtiy, que levam o nome do pesquisador.
Lula-de-humboldt, no Oceano Pacífico
Embora pareça um alienígena, a carnívora lula-de-humboldt (Dosidicus gigas) vive em sua maior parte na Corrente de Humboldt ao largo da costa sul-americana. Ela geralmente se move em grandes cardumes, pode mudar de cor rapidamente e atingir um comprimento de cerca de 1,5 metro. Mas enquanto Humboldt viveu até quase 90 anos, estes animais marinhos vivem de um a dois.
Geleira de Humboldt, no norte da Groenlândia
O glaciar Humboldt, na Groenlândia, com seus 110 quilômetros de largura, está derretendo rapidamente. Devido à mudança climática, outra geleira Humboldt, na Venezuela, praticamente já desapareceu. Nos últimos 30 anos, ela diminuiu em 90%. Infelizmente, é a última geleira do país tropical. Os cientistas só lhe dão mais uma ou duas décadas.
Fórum Humboldt, em Berlim
Na Alemanha, além de muitas ruas, escolas e instituições que levam o nome Humboldt, será inaugurado em Berlim o controverso Fórum Humboldt, no prédio do Palácio de Berlim, que foi reconstruído. Será um centro cultural e um museu de arte não europeia.