Alemães precisarão de quarta dose, diz especialista
11 de dezembro de 2021O presidente da Associação Alemã de Clínicos Gerais, Ulrich Weigeldt, disse que a Alemanha provavelmente terá que organizar uma campanha de vacinação para uma quarta dose de reforço no próximo ano, visando controlar a pandemia de coronavírus no país.
Em entrevista publicada neste sábado (11/12) pelo jornal Bild, o especialista afirmou que as doses de reforço provavelmente se farão necessárias a partir de meados de 2022.
A campanha de vacinação do país tem ganhado velocidade gradativamente desde que foi reiniciada para a administração de doses de reforço. Uma quarta onda de covid-19 aumentou maciçamente o ritmo de infecções, provocando recordes sucessivos nas estatísticas de contaminações.
O surgimento da variante ômicron, que já está presente na Alemanha, contribuiu para complicar ainda mais o quadro."Nossa expectativa é que essa mutação se torne lentamente a variante dominante no início do próximo ano", disse o presidente da Associação Alemã de Medicina Intensiva (DIVI), Gernot Marx, em entrevista ao jornal Passauer Neue Presse.
Nesta quarta-feira, a gigante farmacêutica Pfizer e sua parceira BioNTech disseram que os resultados de um estudo inicial da eficácia de sua vacina contra o ômicron mostraram que uma terceira dose do inoculante fornece proteção ampla contra a variante.
Quarta dose junto com vacina contra gripe
De acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência alemã de prevenção e controle de doenças, cerca de 1,1 milhão de alemães receberam sua terceira vacina contra covid-19 desde o meio do ano passado. Dessa forma, atualmente cerca de 20% dos adultos alemães estão totalmente vacinados com uma dose de reforço.
As autoridades de saúde pública alemãs esperam que esta campanha de reforço possa ganhar velocidade enquanto o inverno se aproxima, para que mais restrições e medidas de lockdown possam ser evitadas.
Weigeldt disse ao Bild que espera que uma terceira campanha de vacinações possa ocorrer a partir de setembro do próximo ano "já em conjunto com a vacinação contra a gripe", de forma que possa tornar a proteção contra o coronavírus uma questão médica de rotina.