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Alemanha ultrapassa 50 mil mortes por covid-19

22 de janeiro de 2021

Apesar da marca, número de óbitos e infecções pelo coronavírus vem caindo nos últimos dias no país. Em 24 horas, foram registradas 859 mortes ligadas à doença, cerca de 250 a menos que há uma semana.

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Senhor idoso de máscara coloca vela em um túmulo cheio de flores e com uma cruz.
Recorde de óbitos por covid-19 na Alemanha foi contabilizado em 14 de janeiro, com 1.244 mortesFoto: Ute Grabowsky/Photothek/imago images

A Alemanha ultrapassou nesta sexta-feira (22/01) a marca de 50 mil mortes ligadas à covid-19. De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças, em 24 horas, foram registradas 859 mortes, elevando o total para 50.642 desde o começo da pandemia.

Apesar da marca superada, o número de óbitos em conexão com o coronavírus vem diminuindo nos últimos dias na Alemanha. Na sexta-feira passada, por exemplo, foram registrados 1.113 óbitos. O recorde foi contabilizado em 14 de janeiro, com 1.244 mortes.

Os números do RKI incluem pessoas que morreram diretamente de covid-19, mas também pacientes infectados pelo coronavírus portadores de doenças preexistentes, para os quais a causa da morte não pode ser esclarecida de forma conclusiva.

O número de casos diários também vem caindo no país. Em 24 horas, foram registradas 17.862 novas infecções, cerca de 4,5 mil a menos que há uma semana.

No total, a Alemanha registrou mais de 2,1 milhões de casos de covid-19 desde o começo da pandemia. No entanto, autoridades afirmam que o número real deve ser significativamente maior, pois muitas infecções não são detectadas. Mais de 1,7 milhão de pessoas já estão recuperadas, segundo o RKI.

"Tendência ligeiramente positiva"

O presidente do RKI, Lothar Wieler, disse nesta sexta-feira que é possível observar uma "tendência ligeiramente positiva" no desenvolvimento da pandemia na Alemanha. De acordo com ele, a queda no número de infecções demonstra o sucesso do lockdown em vigor desde 16 de dezembro, mas não significa que ele deve ser abandonado.

"Só podemos voltar a uma vida cotidiana mais ou menos normal se reduzirmos maciçamente o número de casos e o mantivermos baixo a longo prazo", explicou Wieler.

O ministro da Saúde, Jens Spahn, também considerou os números dos últimos dias encorajadores, mas afirmou que ainda estão em um nível muito alto.

Atualmente, o número Rreferente aos últimos sete dias, que indica a propagação da doença, está em 0,93 na Alemanha. Isso significa que 100 pessoas infectadas contaminam outras 93 pessoas, em média.

O número de infecções por 100 mil habitantes no intervalo de sete dias está em 115,3, a taxa mais baixa desde novembro, porém ainda bem acima da meta de abaixo de 50 estabelecida pelo governo.

Entre os estados há uma grande discrepância no índice de infecções. Enquanto a Turíngia, por exemplo, registra 218,4 casos a cada 100 mil habitantes, Bremen tem 80,9.  A Saxônia, que chegou a ter mais de 400 infecções para cada 100 mil habitantes, hoje tem 169,1.

A Alemanha iniciou no fim do ano passado uma campanha nacional de vacinação. Até o momento, mais de 1,5 milhão de vacinas já foram administradas, sendo que 100 mil pessoas já receberam a segunda dose do imunizante, segundo o Ministério da Saúde. 

Merkel quer evitar terceira onda

Apesar da leve queda no número de mortes e infecções, a chanceler federal, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira que ainda é cedo para falar no fim do segundo lockdown nacional, em vigor desde 16 de dezembro no país.

Em pronunciamento à imprensa em Berlim, a líder alemã demonstrou preocupação com uma nova cepa do coronavírus, mais contagiosa, que circula na Alemanha e outros países europeus e, pela primeira vez, admitiu o risco de uma terceira onda de covid-19.

"Nós precisamos conter a proliferação dessa mutação o mais rápido possível, e isso significa não esperar até que o perigo seja mais tangível", afirmou Merkel. "Porque, senão, será tarde demais para evitar uma terceira onda da pandemia, e provavelmente uma ainda mais dura que a anterior."

Na terça-feira, Merkel e os governadores dos 16 estados alemães decidiramestender o já severo lockdown até 14 de fevereiro. Também anunciaram como nova regra a obrigatoriedade de máscaras cirúrgicas no transporte público e no comércio, em detrimento das de pano. As restrições de contato já em vigor vão continuar valendo, ou seja, os encontros privados são permitidos apenas para os moradores de uma mesma residência com no máximo uma pessoa de fora. Um toque de recolher, que vinha sendo considerado, foi deixado de lado

Antes do lockdown de dezembro, um confinamento "light" havia sido implementado em novembro, com bares, restaurantes e serviços de entretenimento fechados.

De acordo com Merkel, quando for possível relaxar o lockdown, a prioridade será reabrir creches, jardins de infância e escolas.

LE/ots