Soldados alemães mortos em atentado
20 de maio de 2007Os líderes políticos e representantes militares da Alemanha mantêm seu compromisso em busca da estabilidade no Afeganistão e reafirmaram que os soldados alemães não voltarão suas costas à missão da Isaf (Força Internacional de Assistência ao Afeganistão).
Apesar da consternação no país pela morte de três soldados no Afeganistão no final de semana, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, salientou que a comunidade internacional não se deixará desencorajar e assegurou que continuará apoiando a reconstrução do país.
"O objetivo da missão é libertar e não ocupar. Em vez de espalhar o medo, queremos despertar a confiança", destacou o ministro alemão da Defesa, Franz Josef Jung. Por isso, os soldados alemães não se esconderam em seus acampamentos, mas se misturaram entre a população para fazer compras.
No final de semana, um grupo de soldados das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr) foi a Kunduz, no norte afegão, comprar uma geladeira. Três deles pagaram com a vida, cinco ficaram feridos num atentado suicida. A explosão matou também oito afegãos.
Retirada seria ruptura com compromisso internacional
A retirada das tropas alemãs do Afeganistão, conforme exige a esquerda, é vista pelos demais partidos como uma ruptura com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan, que comanda a missão), com os Estados Unidos e o governo de Cabul.
Sem a ajuda internacional, o Afeganistão estaria perdido, adverte o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier. Já a bancada de esquerda no Parlamento alemão é de opinião que a ajuda em termos de cooperação econômica seria mais eficiente.
Segundo o ministro Jung, não existe 100% de proteção contra atos suicidas. Num atentado neste domingo (20/05) contra soldados norte-americanos no Afeganistão morreram 14 pessoas.
Para o general reformado Klaus Reinhard, "esconder-sa por trás dos muros de Kunduz não ajuda nada". Os soldados têm de sair, segundo ele, para integrar-se à sociedade local. "E como há riscos, mandamos soldados para lá, e não bombeiros", acrescentou. (rw)