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Alemanha processa ativista por apoio à invasão da Ucrânia

9 de março de 2023

Russa organizou em maio passado grande carreata em Colônia a favor do Kremlin. Ela é acusada de defender publicamente uma violação do direito internacional, o que é considerado crime.

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Elena Kolbasnikova está com um casaco de inverno vermelho e olha para o lado, acompanhada de um ativista que veste roupa militar e touca preta.
Elena Kolbasnikova é acusada de organizar eventos pró-Kremlin e defender a invasão russa da UcrâniaFoto: REUTERS

De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (08/03) pelo site alemão de notícias T-Online, a russa Elena Kolbasnikova será julgada a partir de 29 de março por ter se manifestado a favor da invasão da Rússia na Ucrânia durante um protesto pró-Kremlin em 5 de maio de 2022 na cidade de Colônia, no oeste da Alemanha.

"A ré manifestou sua aprovação à guerra de agressão russa na Ucrânia durante um evento pró-Rússia em 5 de maio de 2022", afirmou a juíza Denise Fuchs-Kaninski, porta-voz do Tribunal Distrital de Colônia.

Laços com extrema direita e serviço secreto russo

Conforme o portal, a acusada é considerada, junto com seu marido, uma das líderes do movimento pró-Kremlin na Alemanha, que, segundo as investigações, é ligado a figuras da extrema direita alemã e dos serviços secretos russos.

Na região de Colônia, o casal organizou diversos eventos no ano passado, incluindo um no qual exaltou o líder checheno Ramzan Kadyrov, assim como uma grande carreata em apoio à Rússia que reuniu mais de mil veículos com bandeiras russas e soviéticas.

Foi durante esse protesto que Kolbasnikova disse que "a Rússia não é um agressor; a Rússia está atualmente ajudando a pôr fim à guerra na Ucrânia". As declarações foram consideradas crime pelo Ministério Público de Colônia.

Até três anos de prisão, em caso de condenação

Uma vez que a invasão de outro país é uma violação do direito internacional, a promotoria argumenta que expressar apoio ou aprovação a um crime, de forma que isso pode perturbar a ordem pública, é um ato criminoso de acordo com o artigo 140 do código penal alemão, passível de multa e até três anos de prisão.

Segundo o jornal Kölner Stadt-Anzeiger, Kolbasnikova também enfrenta outra possível acusação por supostamente ter promovido alistamento para o Grupo Wagner – uma empresa paramilitar privada com fortes ligações com o Kremlin.

gb/md (EFE, ots)