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Alemanha pede renúncia do presidente do Banco Mundial

22 de abril de 2007
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A ministra alemã da Cooperação Econômica, Heidemarie Wickzoreck-Zeul, pediu a renúncia do presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, acusado de corrupção. "A situação dele, conforme tem sido exposta, é insustentável. Minha conclusão é que Wolfowitz deve assumir as conseqüências, quanto antes melhor", disse a ministra ao jornal Financial Times Deutschland.

Wickzoreck-Zeul é responsável pelas relações do governo alemão com o Banco Mundial. Ao lado do Reino Unido, da França e dos Estados Unidos, a Alemanha está entre os maiores detentores de participações na instituição.

A ministra ressaltou que não se trata de um confronto com os EUA. "O direito dos Estados Unidos de nomear o presidente do Banco Mundial não está sendo questionado", afirmou. Wickzoreck-Zeul sustentou seu pedido com o argumento de que um dos objetivos do banco é combater a corrupção em países em desenvolvimento.

A controvérsia começou com a revelação de que Wolfowitz fez arranjos para que sua namorada, Shaha Riza, funcionária do Banco Mundial, fosse transferida para o Departamento de Estado dos EUA, com salário pago pelo Banco Mundial e elevado em US$ 61 mil anuais, para US$ 193 mil anuais (maior do que o da secretária de Estado, Condoleezza Rice).

Riza deixou o Departamento de Estado em 2006 e hoje trabalha para uma organização chamada Fundação para o Futuro, mas seu salário continua a ser pago pelo Banco Mundial. (gh)