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Enchentes

25 de maio de 2010

As chuvas que caem sobre os rios Oder e Vístula há dez dias já causaram 15 mortes na Polônia. Agora o estado alemão de Brandemburgo se prepara para enfrentar uma enchente. Cidades na fronteira polonesa estão em alerta.

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Região da fronteira polonesa em estado críticoFoto: picture alliance/dpa

O estado alemão de Brandemburgo está em estado de alerta devido às enchentes que se aproximam da fronteira com a Polônia, onde o nível do rio Oder atingiu limite crítico. Segundo autoridades polonesas, 15 pessoas morreram em decorrência da inundação de importantes rios até essa terça-feira (25/05).

Segundo especialistas, os níveis registrados em importantes rios da região são os maiores em mais de um século. Além da Polônia, também a República Tcheca e os Bálcãs sofrem com as chuvas que caem há uma semana sobre o rio Oder.

Na Alemanha, o primeiro alarme soou ainda na segunda-feira na cidade de Ratzdorf, onde, em apenas um dia, o nível da água subiu 19 centímetros, chegando à marca de 4,7 metros e ultrapassando em cinco centímetros o limite de segurança. Também na cidade de Eisenhüttenstadt foi dado alarme.

A situação deve se agravar no final de semana. "Nos próximos dias, o nível da água no Oder deve subir ainda mais", preveniu Eberhard Schmidt, do Centro de Prevenção de Enchentes da cidade fronteiriça de Frankfurt do Oder. O distrito de Beeskow, às margens do rio, reservou três milhões de sacos de areia para evitar que as águas invadam as casas.

O alerta deve chegar ao nível três – o segundo mais alto – e permanecer nessa condição por alguns dias.

No Flash Hochwasser in Polen
Helicóptero reforça barreira destruída com sacos de areia em Swiniary, na PolôniaFoto: AP

Preparação em Brandemburgo

A secretária estadual de Meio Ambiente, Anita Tack, não exclui a possibilidade de que seja atingido o alerta máximo no final de semana. Ela anunciou que fará uma visita à região afetada a fim de acompanhar as medidas preventivas.

Segundo a secretária, o estado está hoje melhor preparado para combater as inundações que em 1997, quando a região foi afetada por uma enchente devastadora. "Nós estamos bem preparados em conjunto com o serviço de prevenção de catástrofes e com o depósito em Beeskow, onde armazenamos sacos de areia e equipamentos", disse Anita Tack.

Situação na Polônia

O nível do rio Vístula, o maior da Polônia, abaixou um pouco na manhã desta terça-feira, para 7,18 metros. O pico foi no último sábado, quando chegou a 7,7 metros. Segundo o ministro polonês do Interior, Jerzy Miller, "a inundação do Vístula deve durar seis dias".

Na segunda-feira, uma barreira rompeu e cerca de 4 mil moradores das cidades de Slubice e Gabin tiveram que abandonar suas casas debaixo d'água. Na região central do país, em Plock, outras 400 foram forçadas a evacuar a área durante a noite.

Na capital Varsóvia, o tráfego foi interrompido em uma via importante que corre paralela ao Vístula e cerca de 200 escolas próximas ao rio também foram fechadas.

NP/apn/afp/dpa

Revisão: Rodrigo Rimon