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Aeroporto de Gatwick continua fechado devido a drones

20 de dezembro de 2018

Sobrevoo de drones obriga à suspensão de operações do aeroporto de Gatwick, o segundo mais movimentado de Londres. Fechamento afetou ao menos dez mil passageiros e voos foram desviados para Paris e Amsterdã.

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Voo de um drone e, no fundo, um avião em processo de pouso no aeroporto de Gatwick, em Londres
Desde julho de 2018, drones estão proibidos de voar num raio de um quilômetro de aeroportos britânicosFoto: picture-alliance/empics/J. Stillwell

O aeroporto londrino de Gatwick teve de fechar sua pista depois que dois drones foram avistados sobrevoando o segundo maior aeroporto da capital britânica. O incidente ocorreu na noite de quarta-feira, mas a suspensão dos voos persistiu até esta quinta-feira (20/12) e afetou milhares de passageiros

Segundo comunicou o aeroporto, as aterrissagens e decolagens foram suspensas às 21h de quarta-feira (horário local, 19h de Brasília) depois que foram avistados dois drones perto da pista. Durante a madrugada, a pista chegou a ser reaberta por 45 minutos, mas foi fechada novamente em seguida.

Muitos aviões foram desviados para outros aeroportos, inclusive aos de Paris e Amsterdã. As autoridades aeroportuárias pediram aos passageiros que entrem em contato com as suas companhias aéreas para se informar do status dos seus voos.

"Aconselhamos qualquer pessoa com voo a partir de Gatwick ou que pretende buscar alguém no aeroporto na quinta-feira, 20 de dezembro, que verifique o status dos voos", disse o aeroporto de Gatwick, em comunicado.

O aeroporto comunicou que o incidente está sendo investigado pela polícia e que uma atualização da situação seria emitida assim que as autoridades tiverem "a garantia adequada de que é apropriado reabrir a pista".

O diretor de operações de Gatwick, Chris Woodroofe, disse que o fechamento da pista afetou cerca de dez mil pessoas na manhã de quinta-feira – duas mil pessoas, cujos aviões não foram autorizados a decolar; duas mil pessoas que não conseguiram deixar seus pontos de origem; e seis mil pessoas que foram desviadas a outros aeroportos britânicos e na Europa continental.

No Reino Unido, desde julho de 2018, é ilegal utilizar aparatos voadores conduzidos por controle remoto a menos de um quilômetro dos aeroportos. A pena por colocar a segurança aeroviária em risco é de cinco anos de prisão.

O número de quase-acidentes entre drones privados e aeronaves mais do que triplicou entre 2015 e 2017. Em 2017 foram registrados 92 incidentes, mas 2018 já computou 117 ocorrências, de acordo com o órgão de segurança aérea UK Airprox Board.

"Mesmo dois quilos de metal e plástico, incluindo a bateria, atingindo um para-brisa, turbina ou rotor de cauda de helicóptero, pode ser catastrófico", disse recentemente Rob Hunter, chefe de segurança de voo da Associação de Pilotos de Companhias Aéreas Britânicas (Balpa).

O aeroporto de Gatwick é o segundo maior de Londres, depois de Heathrow – o maior da Europa. A estimativa do aeroporto é de que cerca de 2,9 milhões de pessoas - "um número recorde" - passem por Gatwick durante a atual temporada de férias natalinas.

PV/efe/rtr/dpa/ap

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