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Acolhimento de detentos de Guantánamo abre debate na coalizão de governo

Roselaine Wandscheer21 de janeiro de 2009
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Os primeiros passos para o fechamento do campo de prisioneiros de Guantánamo, tomados pelo presidente Barack Obama nesta quarta-feira (21/01) abriram um debate entre os partidos da coalizão de governo na Alemanha. O acolhimento de prisioneiros do campo norte-americano é defendido pelo ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e rejeitado pelo ministro do Interior, Wolfgang Schäuble.

Schäuble (da União Democrata Cristã) criticou Steinmeier (Partido Social Democrata) e lembrou que a decisão é de sua alçada e da competência dos secretários do Interior dos 16 estados federados. O ministro respondeu também indiretamente à organização Anistia Internacional, que havia exortado o governo alemão a abrir caminho ao acolhimento de prisioneiros assim que os EUA fechassem Guantánamo.

Schäuble salientou que "os norte-americanos têm de arcar com as consequências de Guantánamo", mas garantiu, no entanto, que o assunto será debatido com os secretários do Interior assim que houver um pedido formal dos EUA.

Em carta aberta a Barack Obama, Frank-Walter Steinmeier havia se manifestado favorável ao acolhimento de detentos de Guantánamo na Alemanha. "Estou certo de que a comunidade internacional não abandonará a nova administração norte-americana nesta questão", escreveu Steinmeier. Segundo o ministro alemão do Exterior, a Alemanha e outros países da União Europeia deveriam estar abertos a prisioneiros ameaçados de tortura em seus países de origem.

A chanceler federal Angela Merkel saúda o fechamento de Guantánamo, mas prefere não tomar medidas antes de novas decisões de Barack Obama, disse um porta-voz do governo alemão. (rw)

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