1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Simulação do big bang

Agências (rw)24 de setembro de 2008

Conserto no maior acelerador de partículas do mundo atrasará em vários meses o reinício do experimento na Suíça. Segundo perito, pane foi causada por falha na ligação elétrica entre dois ímãs.

https://p.dw.com/p/FOLK
Cientistas no centro de controle do CERNFoto: AP

O superacelerador de partículas do Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN, do francês) só poderá ser reativado no segundo trimestre do ano que vem, anunciaram nesta terça-feira (23/09) fontes do centro de pesquisas em Genebra.

Devido a um vazamento de hélio, ele teve de ser desligado na última sexta-feira (19/09). A pane foi causada aparentemente por uma ligação elétrica defeituosa entre dois ímãs, que provocou um curto-circuito e o vazamento de hélio, disse o físico argentino Jorge Mikenberg à agência de notícias EFE.

"Como todo o sistema está a uma temperatura de 271,2ºC negativos, para fazer o conserto é preciso aquecê-lo à temperatura ambiente, o que levará três ou quatro semanas, e depois voltar a esfriar, o que levará mais três ou quatro semanas", acrescentou o físico.

Problemas normais para experimento deste porte

Forschungszentrum Cern: Blick auf das Gelände - freies Format
Vista aérea do centro de pesquisas, em GenebraFoto: picture alliance/dpa

Fontes do centro de pesquisas ressaltaram que o Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês) é a maior máquina já construída pelo ser humano, montada segundo a mais alta tecnologia disponível. Por tratar-se provavelmente do maior experimento científico do século, as dificuldades iniciais são consideradas normais.

"Sempre é preciso contar com alguma pane", disse o físico alemão Rüdiger Schmidt. Para solucionar o problema, o CERN pode contar com a ajuda de centros internacionais de pesquisa, como o Laboratório Alemão de Luz Síncrotron (DESY, do alemão), em Hamburgo.

Big bang em miniatura

O superacelerador de partículas – que custou 4 bilhões de euros e cujo desenvolvimento levou quase 20 anos – entrou em funcionamento no dia 10 de setembro último.

Num túnel circular de 27 quilômetros localizado a mais de 100 metros abaixo do solo, os cientistas pretendem provocar colisões de prótons a uma velocidade próxima à da luz. A experiência visa recriar, em pequena escala, o calor e a energia do big bang, a explosão que, segundo a teoria, deu origem à expansão do universo. Os cientistas esperam obter respostas em questões fundamentais como a criação do universo e a estrutura da matéria.

Assim assim, segundo o porta-voz do CERN, James Gillies, será mantido o próximo dia 21 de outubro como data da inauguração oficial do centro, para a qual estão convidadas celebridades do mundo científico e político, como a chanceler federal alemã, Angela Merkel, doutora em Física. A Alemanha é o país que presta a maior contribuição financeira do grupo de 20 nações que participa do CERN.