19 de abril de 1995
A foto do bombeiro Chris Fields, de 31 anos, com um bebê morto nos braços, vítima da explosão, rodou o mundo. Ao final, havia ruínas por todos os lados. A detonação de um caminhão cheio de explosivos chegou a ser sentida a 50 quilômetros de distância.
A caçada dos terroristas começou enquanto as equipes de resgate ainda faziam o trabalho de rescaldo. O próprio presidente na época, Bill Clinton, disse em seu pronunciamento: "O atentado a bomba na cidade de Oklahoma foi um atentado contra crianças inocentes e cidadãos indefesos. Este foi um ato de covardia e perversidade, que não será tolerado pelos Estados Unidos."
Para um dos dois terroristas, a fuga não chegou a durar duas horas. Timothey McVeigh, 27 anos, chamou atenção pela placa falsa de seu carro. Pouco tempo depois, também foi preso seu cúmplice, Terry Nichols. O país estava em choque. Como poderiam dois brancos, patriotas e pretensos cristãos praticar um crime que poderia ser atribuído a fundamentalistas islâmicos?
As investigações revelaram que os dois combatentes na guerra do Golfo eram militantes antigoverno e estavam envolvidos com a extrema-direita. Por isso o significado da data. No dia 19 de abril de 1993, a polícia havia invadido uma fazenda ocupada por uma seita de orientação direitista em Waco, no Texas.
Os 60 mortos, na época, ganharam o status de mártires. McVeigh e Nichols pretendiam fazer uma advertência contra uma suposta conspiração de minorias pagãs de Washington e se baseavam num livro de um professor maluco de Física. Em junho de 1997, um júri em Denver proferiu a sentença de morte contra McVeigh. Nichols foi condenado à prisão perpétua.