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1972: Fischer derrota Spasski

Jens Teschke/rw

No dia 1o de setembro de 1972, o jogador norte-americano de xadrez Bobby Fischer derrotou o campeão mundial Boris Spasski, da União Soviética.

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Foto: AP

O grande duelo da história do xadrez. Em plena Guerra Fria, enfrentam-se dois representantes das potências mundiais. O campeão Boris Spasski, de 35 anos, defendia o título pela União Soviética, contra Bobby Fischer, 29, dos Estados Unidos. Um encontro que entrou para a história também porque, pela primeira vez desde o final da Segunda Guerra, o título era conquistado por um não-soviético.

"A União Soviética ficou completamente chocada com o resultado", conta o secretário-geral da União Européia de Xadrez, o alemão Horst Metzing. Mas não foi surpresa para Fischer, que na época era o melhor concorrente de Spasski, tanto no aspecto tático como psicológico. Sua principal vantagem era que não tinha um título a perder, como o soviético.

O norte-americano também soube tornar o espetáculo uma verdadeira guerra de nervos. Na primeira data marcada para o encontro, 2 de julho, simplesmente não apareceu. Depois, complicou com a sede do jogo, por fim com a instalação de câmaras que transmitiriam os lances. No início do duelo, então, Fischer chegou sete minutos atrasado.

A primeira partida foi perdida pelo norte-americano, que nem apareceu no segundo jogo (novamente devido a um protesto contra as câmaras de tevê). A partida na capital da Islândia era liderada pelo soviético, por 2 a 0. O primeiro ponto de Fischer foi conseguido num momento de distração de Spasski, que não conseguiu vencer nem com a continuação da partida no dia seguinte.

Estava vencida a barreira psicológica que mais tarde consagraria Fischer como campeão mundial de xadrez. No campeonato seguinte, em 1975, ele não compareceu para defender o título. Anatoli Karpov ganhou sem esforço. Atualmente, Fischer leva uma vida reservada em Budapeste.