1931: Al Capone condenado por sonegação de impostos
Nascido a 17 de janeiro de 1899, no Brooklyn, em Nova York, filho de imigrantes da Sicília, Alphonse "Al" Capone foi um dos mais famosos chefões da máfia nos Estados Unidos. Cercado de miséria e criminalidade, conheceu cedo a violência e a brutalidade. Uma cicatriz adquirida numa briga com facas valeu-lhe o apelido de "Scarface" (cara de cicatriz).
Quando o pai faleceu, em 1920, Al Capone mudou-se para Chicago, onde queria tentar a sorte ao lado do poderoso chefe de gangue italiano Johnny Torrio, que explorava o comércio ilegal de bebidas alcoólicas, a prostituição e salões de jogos.
Capone cresceu rapidamente e, em pouco tempo, tornou-se um mito entre os criminosos americanos. Seus grandes inimigos eram os bandos irlandeses do norte da cidade, com os quais os italianos travaram uma verdadeira guerra em meados dos anos 1920.
O ferimento de Torrio numa destas brigas, com um bando de Bugs Moran, trouxe-lhe a aposentadoria prematura. Al Capone, entrementes o homem mais poderoso do submundo do crime, jurou vingança. No dia 14 de fevereiro de 1929, assassinos profissionais executaram sete membros importantes do bando de Moran.
Profissão: vendedor de antiguidades
A polícia logo desconfiou de quem poderia estar por trás dos crimes, mas não tinha provas. Al Capone tinha um álibi para o momento do crime. Durante vários dias, o assunto ocupou a imprensa americana. A Casa Branca resolveu, então, encarregar o chefe do FBI pessoalmente de investigar todos os detalhes dos negócios de Al Capone. Oficialmente, ele era vendedor de antiguidades. Sabia-se que faturava mais de três milhões de dólares por ano, mas não pagava impostos.
Os investigadores reviraram a contabilidade do gângster para, em 1931, chegarem à conclusão de que Al Capone devia mais de 200 mil dólares ao fisco. Para o que a promotoria pediu 34 anos de prisão. Os advogados de Capone tentaram em vão a redução da pena junto ao juiz James Wilkerson, que não se deixou subornar. Até a tentativa de compra dos jurados falhou, pois o juiz substituiu todos eles na última hora.
A sentença contra "o rei de Chicago", no dia 24 de outubro de 1931, foi de 11 anos de prisão por sonegação de impostos. Dois anos foram cumpridos num presídio em Atlanta, depois ele foi levado à prisão de segurança máxima de Alcatraz, onde os médicos atestaram que tinha sífilis. Por causa da saúde precária e de sua boa conduta, foi posto em liberdade em 1937.
Ele morreu em 1947, em Miami, na Flórida, mas foi enterrado em Chicago. Na sepultura, as palavras: "Alphonse Capone, 1899-1947, My Jesus Mercy (Misericórdia, meu Jesus)".
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