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UE aprova missão de formação militar em Moçambique

Lusa
12 de julho de 2021

Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE aprovaram o lançamento de missão de formação militar em Moçambique que visa treinar e apoiar as Forças Armadas moçambicanas no "restabelecimento da segurança" em Cabo Delgado.

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Foto: picture-alliance/dpa/I. Kjer

"O objetivo desta missão é de treinar e apoiar as Forças Armadas de Moçambique na proteção da população civil e no restabelecimento da segurança na província de Cabo Delgado", lê-se num comunicado publicado pelo Conselho da União Europeia (UE). 

Na nota, publicada poucos minutos depois do início do Conselho dos Negócios Estrangeiros, que decorre hoje em Bruxelas e que reúne o conjunto dos chefes das diplomacias europeias, é ainda indicado que o "mandato da missão irá durar, inicialmente, dois anos". 

"Durante este período, o seu objetivo estratégico será o de apoiar a capacitação das unidades das Forças Armadas de Moçambique que farão parte de uma futura força de reação rápida", lê-se na nota.  

Para tal, a missão fornecerá "treino militar, incluindo preparação operacional, treino especializado em contraterrorismo, e treino e educação na proteção de civis, respeito pelo direito internacional humanitário e lei dos direitos humanos".  

A vida dos deslocados no centro de reassentamento de Nampula

Intitulada EUTM Moçambique, a missão será chefiada no terreno pelo brigadeiro-general do Exército português Nuno Lemos Pires, um "cidadão de nacionalidade portuguesa com mais de 38 anos de experiência em cargos de comando, incluindo em missões internacionais".  

O comandante da missão será o diretor da Capacidade de Planeamento e Conduta Militar da União Europeia, o vice-almirante Hervé Bléjean. 

Resposta a pedido de Moçambique

Segundo o Conselho da UE, a missão de formação de militar foi aprovada em resposta ao pedido das autoridades moçambicanas que apelaram a um "envolvimento reforçado" da UE nas "áreas da paz e da segurança".  

"Numa carta de 3 de junho de 2021, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, saudou o envio de uma missão não executiva da Política Comum de Segurança e de Defesa, de formação militar, para o país", refere ainda o comunicado do Conselho. 

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com a ONU.