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Ucrânia: Nova vaga de mísseis russos em Kiev

AFP | Lusa | Reuters | tms
9 de março de 2023

A Ucrânia assistiu a uma nova vaga de ataques russos com mísseis. Várias cidades, incluindo a capital Kiev, foram atingidas esta manhã. Há relatos de explosões em dezenas de infraestruturas e edifícios residenciais.

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Foto: Vadim Belikov/AP Photo/picture alliance

Várias cidades ucranianas relataram um nova vaga de ataques russos com mísseis na manhã desta quinta-feira (09.03). Segundo relatos de testemunhas e autoridades, foram verificadas explosões inclusive em Kiev, capital do país.

O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitscho, avançou que houve explosões no bairro de Holosiivskyi. "Todos os serviços [de emergência] estão a deslocar-se para o local", disse Klitschko nas redes sociais, referindo-se a uma zona no sul da cidade.

Até ao momento, segundo Klitscho, há a confirmação de pelo menos dois feridos numa outra explosão em Kiev.

"Uma outra explosão na capital. Bairro de Sviatochyne. [Serviços de] Socorro a caminho do local. Dois veículos estão em chamas no pátio de um edifício residencial", esreveu Klitschko, na rede social Telegram, precisando que duas pessoas daquele bairro tinham sido feridas e hospitalizadas.

Ataques em várias regiões

No leste da Ucrânia, 15 mísseis atingiram Kharkiv e a região nordeste, atingindo edifícios residenciais, de acordo com o governador de Kharkiv, Oleg Synegubov. 

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Além de Kharkiv, também infraestruturas energéticas regionais e edifícios residenciais foram atingidos em Odessa, no sul do país, disse o governador, Maksym Marchneko, descrevendo um "ataque maciço de mísseis". 

"Felizmente, não registámos vítimas", declarou o responsável, acrescentando terem sido acionadas "restrições no fornecimento de eletricidade". 

Segunda vaga

"A segunda vaga é esperada agora, por isso peço aos residentes da região que fiquem em abrigos", escreveu Marchenko, na rede social Telegram, esta manhã.

Na zona oeste, o governador da região de Khmelnytskyi, Segiy Gamaliy, pediu aos habitantes que "ficassem nos abrigos", uma vez que "o inimigo ataca as infraestruturas essenciais do país". 

Mais explosões foram relatadas na cidade de Chernigiv, no norte e na região ocidental de Lviv, bem como nas cidades de Dnipro, Lutsk e Rivne. Os meios de comunicação ucranianos também noticiaram explosões nas regiões ocidentais de Ivano-Frankivsk e Ternopil.

Corte de energia

O operador da usina nuclear de Zaporijia avançou que, após os ataques desta madrugada, a central ficou sem fornecimento de eletricidade e está a funcionar com geradores a diesel.

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Soldados ucranianos na frente de combate na cidade de BakhmutFoto: Libkos/AP Photo/picture alliance

"A última linha de comunicação entre a central nuclear ocupada de Zaporijia e o sistema elétrico ucraniano foi cortada em resultado de ataques com mísseis", disse a Energoatom num comunicado.

Foram aplicados cortes preventivos de energia de emergência nas regiões de Kiev, Dnipropetrovsk, Donetsk e Odessa, disse o fornecedor DTEK. Klitschko considerou que 15% dos consumidores de energia da capital ficaram sem energia devido aos cortes de emergência.

A nova vaga de ataques surge depois de a Rússia ter reivindicado vitória na batalha pela cidade de Bakhmut, que se arrasta há meses. O grupo mercenário russo Wagner, que liderou o ataque a Bakhmut, afirmou na quarta-feira ter capturado a parte leste da cidade.

No entanto, a vice-Ministra da Defesa da Ucrânia, Ganna Maliar, disse na quarta-feira que a resistência ucraniana em Bakhmut deveria ser considerada uma "vitória".