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TPI procura um dos principais líderes extremistas do Sahel

Lusa
22 de junho de 2024

Os juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiram um mandado de captura contra Iyad Ag Ghaly, um dos principais líderes extremistas do Sahel. É acusado de cometer crimes de guerra e contra a humanidade.

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Iyad Ag Ghaly é um dos mais importantes terroristas do Mali e do Sahel (Foto de arquivo)
Iyad Ag Ghaly é um dos mais importantes terroristas do Mali e do Sahel (Foto de arquivo)Foto: AFP/Getty Images

A maioria dos crimes terá sido cometida na lendária cidade de Timbuktu, no Mali, entre janeiro de 2012 e janeiro de 2013, segundo o comunicado do TPI.

Iyad Ag Ghaly, cuja idade não é especificada, é um dos mais importantes terroristas do Mali e do Sahel e um dos principais atores da crise de segurança em que o Sahel mergulhou desde 2012.

Dirige o Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, da sigla em francês), ligado à Al-Qaida, que opera no Mali, no Burkina Faso e no Níger, e é acusado de inúmeros ataques contra exércitos nacionais e de abusos contra civis.

Líder rebelde tuaregue radicalizado, também conhecido por "Abou Fadl", fundou em 2012 o grupo Ansar Dine, que invadiu e ocupou Timbuktu.

Os crimes visados incluem assassínio (incluindo de soldados), violação, escravatura sexual e tortura, bem como "ataques intencionalmente dirigidos contra edifícios dedicados à religião e monumentos históricos".

Em 2012, o Ansar Dine utilizou picaretas e pás para destruir 14 dos 16 mausoléus famosos de santos muçulmanos em Timbuktu.

O mandado de captura foi inicialmente emitido em 18 de julho de 2017. Até então, tinha permanecido secreto devido aos "riscos potenciais para testemunhas e vítimas". "O Sr. Ghaly não se encontra sob a custódia do TPI", refere o comunicado.

Originário da região de Kidal, no norte do Mali, participou com o Ansar Dine na insurreição que conduziu a um longo e sangrento conflito, que se estendeu ao centro do país e depois aos vizinhos Burkina Faso e Níger.

O TPI é o único tribunal independente que investiga, acusa e julga os piores crimes do mundo, mas não pode deter os suspeitos e depende dos seus Estados membros para efetuar as detenções.